O Ministério Público venezuelano anunciou hoje que as investigações determinaram a existência de 43 pessoas envolvidas no frustrado atentado de 4 de Agosto último contra o Presidente Nicolás Maduro.
"No começo falávamos de seis detidos (...) no passado 14 de agosto falávamos de 34 e agora aumentou para 43 porque cada vez que alguém é detido, quando assume a sua responsabilidade, acrescenta mais dados para chegar a estas conclusões", explicou o procurador-geral designado pela Assembleia Constituinte (composta unicamente por simpatizantes do regime).
Segundo Tarek William Saab, há 18 mandados de detenção e foi solicitada a extradição de nove pessoas que estão nos EUA, Peru e Colômbia.
Por outro lado, explicou que "25 pessoas" já foram acusadas e que o Ministério Público venezuelano tem pormenores dos autores materiais do atentado frustrado e de onde atuaram.
"Determinou efetivamente quais foram os autores materiais do ataque, onde atuaram, onde se alojaram e quem lhe prestou apoio logístico e financeiro", frisou.
Entre os detidos está o deputado da oposição Juan Requesens.
No dia 4 de agosto duas explosões, que as autoridades dizem terem sido provocadas por dois 'drones' (aparelhos aéreos não tripulados), obrigaram o Presidente da Venezuela a abandonar rapidamente a cerimónia de celebração do 81.º aniversário da Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar), que estava a decorrer em Caracas.
Terça-feira a Organização de Estados Americanos (OEA) apelou aos países do continente americano para que ignorem os pedidos de extradição feitos pelas autoridades venezuelanas na sequência do atentado de 04 de agosto contra o Presidente Nicolás Maduro.
Em comunicado, a OEA explica que "esses pedidos, vinculados ao suposto atentado contra Nicolás Maduro, estão viciados e devem ser ignorados em uníssono pela comunidade internacional".