"Santo Padre, o teu Cracóvia despede-se de ti", indicava uma enorme inscrição no estádio do clube polaco, do qual Karol Wojtyla era adepto.

Ao fundo do altar, no meio do relvado, foi colocada uma enorme fotografia do Papa.

Habitualmente em conflito, as claques do Cracóvia e do Wysla Cracóvia, os dois maiores clubes da cidade, reconciliaram-se e rezaram lado a lado.

Os adeptos ataram os cachecóis dos seus clubes num cordão único, como símbolo de reconciliação.

Na missa participaram o presidente da Federação Polaca de Futebol, Michal Listkiewicz, e o presidente da Liga Polaca de Futebol, Zbigniew Kozminski.

Estiveram também presentes os presidentes, treinadores, jogadores e representantes de clubes de todo o país.

Karol Wojtyla foi, desde muito jovem, adepto do Cracóvia e os seus amigos de Wadowice recordam que gostava muito de jogar como guarda-redes.

Mais tarde, já no Vaticano, não deixou de se interessar pelos resultados do clube.

Recentemente, em Janeiro, recebeu em audiência privada uma delegação do Cracóvia no Vaticano.

A missa no estádio do Cracóvia encheu as bancadas e o relvado.

Na homilia, o padre Henryk Surma dirigiu-se aos adeptos com um apelo: "Em nós tem que mudar algo para melhor, só assim não desiludimos o Papa".