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MUNDIAL - CRÓNICAS DE BASTIDORES

por RTP

DIFERENÇAS NORTE-SUL (Paulo Sérgio)

Esta manhã fui ao treino da Dinamarca, porque Alexander Bah, jogador do Benfica, estava disponível para falar com os jornalistas. Ao contrário do que acontece com muitas seleções, entre as quais a equipa portuguesa, os jogadores dinamarqueses falam em zona mista, ou seja, podem falar de tudo, com todos e sem qualquer assunto proibido. E foi assim que aconteceu: o lateral direito da equipa nórdica falou primeiro para as televisões da Dinamarca que detêm os direitos desta competição, depois para a imprensa escrita, rádio e, por fim, para a imprensa estrangeira, na qual estava incluída a Antena 1. Sempre com um sorriso nos lábios, esteve uma hora a “despachar” prosa, sempre com um dos assessores por perto que nunca falou com ele, nem o pressionou e que acabou com um bem-humorado: “ele é dinamarquês e gostamos muito dele”. Tudo feito com muita calma e tranquilidade.

A cereja no topo do bolo estava guardada para o final deste contacto com a imprensa, porque Alexander Bah, Victor Nelsson que joga no Galatasaray e o diretor desportivo da seleção juntaram-se a todos os outros vinte e quatro jogadores e foram à porta de centro de treinos para darem autógrafos e para falarem com os cerca de cinquenta adeptos nórdicos que lá estavam. Lembrei-me da chegada da equipa de Portugal, onde estavam cerca de mil pessoas à espera de, pelo menos, um acenar e nada aconteceu. Bem sei que a segurança é muito importante e que mil não é a mesma coisa que cinquenta, e que os craques da Dinamarca não chegam aos calcanhares dos nossos, mas não era possível que dois ou três jogadores portugueses chegassem ao portão do hotel para, pelo menos, dizerem um adeus aos nossos adeptos? Com boa vontade tudo, seguramente, se arranjaria!!!
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