Roland Garros: Borges volta a Paris na "melhor fase da carreira" na companhia de Cabral
O tenista português Nuno Borges volta a Paris na "melhor fase da carreira" para disputar, pelo terceiro ano, o quadro principal de Roland Garros, tanto em singulares como em pares, variante em que marcará igualmente presença Francisco Cabral.
Três anos volvidos, tem encontro marcado na primeira ronda do segundo ‘major’ da temporada com o checo Tomas Machac (44.º), que derrotou o número um mundial e campeão em título em Paris, o sérvio Novak Djokovic, nas meias-finais do torneio de Genebra.
“Os últimos encontros e torneios em terra batida têm-me dado bastante confiança, sinto-me a jogar bem, melhor e mais bem preparado para a terra batida. Também estou melhor fisicamente, mas claro que não depende só de mim. A verdade é que me estou a sentir na melhor fase de carreira, espero estar à altura do desafio e fazer um bom jogo na primeira ronda”, confessou o maiato, em declarações à Lusa.
Nuno Borges, de 27 anos, fez uma boa preparação em terra batida, superfície onde atingiu os quartos de final no Estoril Open e no challenger de Cagliari, além da quarta ronda no Masters 1.000 de Roma, pelo que alimenta boas expectativas para a quinzena francesa.
“O último torneio de Roma deu-me bastante confiança. As condições são mais ou menos semelhantes e, apesar de a bola não ser a mesma, dá-me confiança para este grande desafio. Aqui é à melhor de cinco ‘sets’ e os encontros em Roma foram todos muito complicados, o que de certa maneira me dá mais confiança para encontros mais longos e mais puxados. Agora, é acreditar no processo, confiar, ir a jogo e dar o máximo”, justificou.
Em França desde segunda-feira, o jogador do Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis tem aproveitado para se “preparar e treinar” nas condições do complexo de Porte d'Auteuil, onde tem tido “bons parceiros de treino”.
“As coisas têm corrido bem, já tive o prazer de treinar com o [Borna] Coric, com o [Mariano] Navone e outros”, contou o maiato, que poderá defrontar precisamente o argentino (32.º), a estrear-se em torneios do Grand Slam, caso vença o duelo com Machac e Navone ultrapasse o regressado espanhol Pablo Carreño-Busta, quarto finalista do torneio em 2017 e 2020, mas ausente do circuito desde outubro de 2023 por lesão no cotovelo direito.
Depois de alcançar o melhor resultado da carreira em torneios do Grand Slam em janeiro, ao discutir a quarta ronda do Open da Austrália, Nuno Borges, que recentemente derrotou jogadores como o cazaque Alexander Bublik (19.º), o italiano Lorenzo Musetti (31.º) e o suíço Stan Wawrinka, campeão de Roland Garros em 2015, revela as suas ambições para o ‘major’ parisiense.
“Gostava de chegar, pelo menos, à segunda ronda, onde cheguei no ano passado. Esse é o objetivo principal e depois logo vejo. Em relação aos pares, as expectativas também são boas. Eu e o meu parceiro jogámos bem no último torneio, já o conheço bem, entrosamo-nos bem e, acima de tudo, somos companheiros. É sempre melhor jogar com um amigo do que com alguém que não conheça. Espero que ele traga confiança de Lyon, porque é sempre bom para a parceria” rematou Borges, que terá como dupla o francês Arthur Rinderknech.
Já Francisco Cabral, 58.º colocado no ranking ATP de pares, vai disputar pela segunda vez o ‘major’ francês, desta ao lado do colombiano Nicolas Barrientos, com quem atingiu os quartos de final esta semana no torneio de Lyon.
Após falhar a participação em 2022, devido à desistência do parceiro (o dinamarquês Holger Rune), o tenista natural do Porto, de 27 anos, alcançou há um ano o melhor resultado no Grand Slam, ao jogar com o brasileiro Rafael Matos a terceira ronda em Paris.
Borges e Cabral são os únicos portugueses em ação no quadro principal de Roland Garros, que tem como campeões em título Novak Djokovic e a polaca Iga Swiatek.