O piloto belga Thierry Neuville (Hyundai i20) sagrou-se hoje campeão mundial de ralis pela primeira vez, após terminar o Rali do Japão, 13.ª e última prova do Campeonato do Mundo, na sexta posição.
A prova foi ganha pelo britânico Elfyn Evans (Toyota Yaris), que herdou o primeiro lugar com o despiste de Tänak logo no primeiro troço da manhã deste último dia, com o tempo de 3:23.41 horas, deixando na segunda posição o francês Sébastien Ogier (Toyota Yaris), a 1.27,3 minutos, e o francês Adrien Fourmaux (Ford Puma) em terceiro, a 1.55,5, o que entregou o título de Construtores à Toyota por três pontos.
Neuville, que chegava a esta ronda final na liderança do campeonato, sofreu um forte revés na sexta-feira, ao ver o turbo do seu Hyundai ceder, o que o afundou no 15.º lugar.
Depois de um sábado de recuperação até sétimo, a desistência de Tänak logo ao início da manhã deste domingo, deixou o belga com a coroa na mão, aos 36 anos e depois de cinco vezes a terminar o campeonato em segundo.
“É uma surpresa. Nem sei o que dizer, mas acho que merecemos [o título de campeões de pilotos]. Foi um ano difícil, com mais pressão do que aquela que precisávamos, nomeadamente nesta última prova”, admitiu o piloto belga, que viu, também, o seu navegador, Martjin Wydaghe, sagrar-se campeão de co-pilotos.
Esvaziada essa pressão logo no primeiro troço do dia, Neuville tentou aguentar o ataque da Toyota nos Construtores, que até estava a jogar em casa.
A vitória de Elfyn Evans no rali e a de Sébastien Ogier na power stage final permitiu ao construtor nipónico vencer o título pela oitava vez na história do campeonato (1993, 1994, 1999, 2018, 2021, 2022, 2023 e 2024).
“Isto é terrível de ver. Assistir a esta última especial foi um dos momentos mais terríveis da minha carreira como diretor desportivo, sempre a pensar que os nossos pilotos se iam despistar. Começámos esta prova com poucas hipóteses mas lutámos até ao último minuto e isso compensou com o título”, sublinhou o finlandês Jari-Matti Latvala, diretor desportivo da marca nipónica.
Nos WRC2, o finlandês Sami Pajari (Toyota Yaris), navegado por Enni Mälkönen, sagrou-se campeão mundial enquanto o chileno Diego Dominguez (Ford Puma) venceu nos WRC3.
O francês Cyril Abiteboul, diretor da Hyundai, admitiu que “o objetivo principal era o título de pilotos” e que perder o de construtores “por tão pouco é difícil” mas “é bem melhor do que no ano passado”.
Com estes resultados, Neuville termina o campeonato com 242 pontos, contra os 210 de Evans, que ultrapassou Tänak na luta pelo vice-campeoanto, pois o estónio, ao não concluir a prova, perdeu os 18 pontos que tinha reservado ao ter sido o mais rápido no sábado.
Entre os construtores, a Toyota fecha o campeonato com 561 pontos, mais três do que a Hyundai, que ficou com 568. A Ford foi a terceira, com 295.