Miguel Oliveira diz que mudança implica paciência

por Lusa
Miguel Oliveira à procura de refazer a carreira Johann Groder - EPA

O piloto português Miguel Oliveira disse que se sente fortalecido depois das duas “piores” épocas no Campeonato do Mundo de MotoGP, embora a mudança para a Prima Pramac implique “paciência” na ambição e resultados.

Sabemos que vamos entrar provavelmente num primeiro ano, talvez a primeira metade do campeonato, em que precisamos de ter um bocadinho mais de paciência na nossa ambição e nos resultados, mas estamos nisto num longo prazo e acreditamos que vai trazer os seus frutos”, disse aos jornalistas, em Faro, à margem da conferência “Estratégia Turismo 2035: construir o turismo do futuro”.

O piloto de Almada salientou que 2025 será um ano de “desafios”, delineando as suas ambições de acordo com aquilo que for encontrando “corrida a corrida”.

Miguel Oliveira estreou-se na semana passada em Barcelona com a Yamaha da nova equipa, num primeiro dia de testes que classificou de “bom e positivo”.

Conseguimos trabalhar o que pudemos num primeiro dia de introdução a tudo. Não houve assim grande tempo para delinear muitas comparações, mas houve um 'feedback' inicial que foi importante para a fábrica entender a direção e, sobretudo, a sensação principal sobre a mota”, afirmou.

O piloto português, que encerra em 2024 a sua passagem pela Trackhouse, confidenciou ter vivido as “piores” épocas no Mundial de MotoGP, “totalmente” abaixo do nível que ambiciona.

Eu acredito que os tempos difíceis criam oportunidades de crescimento e é dessa forma que eu tenho de encarar estes últimos dois anos”, referiu.

Recordando “dois anos muito difíceis a nível de lesões, incidentes com outros pilotos e problemas técnicos”, o piloto luso admitiu que “havia sempre alguma coisa” que o impedia de alcançar um melhor resultado.

Acredito que isso talvez me tenha fortalecido para que, quando chegue a oportunidade certa e o momento certo, rematar como devo fazer”, concluiu.

Miguel Oliveira terminou a edição deste ano do Mundial de MotoGP na 15.ª posição, com 75 pontos, apesar de ter falhado as corridas da Indonésia, Japão, Austrália, Tailândia e Malásia, devido a lesão, na sequência da queda sofrida nos treinos livres do GP da Indonésia, em 29 de setembro.

Esta foi a sexta temporada do piloto português, de 29 anos, na categoria rainha do Mundial de Velocidade.


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