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Martín vence em Portimão, Oliveira fica em nono

por RTP
EPA

Jorge Martín (Ducati) venceu o GP de Portugal de MotoGP, no Algarve, segunda prova do Mundial de velocidade, em que Miguel Oliveira (Aprilia) terminou na nona posição.

O piloto luso, natural de Almada, cortou a meta a 23,929 segundos do vencedor, com o italiano Enea Bastianini (Ducati) em segundo lugar, a 0,882 segundos, com o estreante Pedro Acosta (GasGas) em terceiro, a 5,362.

Acosta, que tem 19 anos e 304 dias, tornou-se no terceiro mais novo de sempre a subir ao pódio, apenas atrás de Randy Mamola (tinha 19 anos e 261 dias no GP da Finlândia de 1979) e de Eduardo Salatino (tinha 19 anos e 274 dias no GP da Argentina de 1962).

Saindo da terceira posição, Jorge Martín saltou para a liderança logo no arranque, não permitindo mais veleidades à concorrência.

Miguel Oliveira também arrancou bem. Saindo da 15.ª posição, era 11.º ainda na primeira volta, subindo ao 10.º pouco depois. O piloto luso da equipa Trackhouse chegou ao nono posto a seis voltas do final, depois de ter ultrapassado o francês Fábio Quartararo (Yamaha).

No entanto, Oliveira seria empurrado para fora da pista pelo italiano Marco Bezzechi (Ducati), baixando três posições, recuando até 12.º.

A parte final da prova algarvia foi de grande emoção, com lutas pelos lugares do pódio. Pedro Acosta, vindo de trás, passou o espanhol Marc Márquez (Ducati) e o campeão Francesco Bagnaia (Ducati), já depois de se desenvencilhar das duas KTM, de Brad Binder e Jack Miller.

Marc Márquez aproveitou a embalagem e também tentou passar Bagnaia na curva cinco. O italiano respondeu colocando a mota por dentro e acabou por tocar nas costas do espanhol, acabando os dois no solo.

Márquez ainda retomou a prova, enquanto o campeão se dirigiu para as boxes. A direção de corrida abriu uma investigação, mas a ação foi considerada incidente de corrida e não haverá penalização para nenhum deles.

Na entrada para a última volta, a caixa de velocidades da Aprilia de Maverick Viñales, que vinha em terceiro, cedeu e o piloto espanhol acabou no solo.

Desta forma, Miguel Oliveira ascendeu novamente ao nono lugar enquanto Jorge Martín se tornou no quarto vencedor diferente em Portimão, depois do português (2020), de Francesco Bagnaia (2021 e 2023) e de Fábio Quartararo (2022).

O madrileno, que já não ganhava desde o GP da Tailândia do ano passado, somou o sexto triunfo na carreira em MotoGP.

"Senti-me competitivo"

“Não tive qualquer problema com a mota, senti-me bem com a escolha dos pneus, comecei rápido e, passo a passo, fui melhorando. O Maverick [Viñales] e o Enea [Bastianini] estavam próximos, mas dei o meu melhor. Senti-me competitivo e foi importante regressar aos triunfos”, declarou Jorge Martín, após a corrida.

E acrescentou: “Comecei a puxar e fui ganhando vantagem. Estava mesmo empenhado em assumir a liderança. Hoje fui líder desde início, fiquei confortável e ficou mais fácil assim”.

Por sua vez, Enea Bastianini, autor da ‘pole position’, destacou a importância de “voltar ao pódio”, admitindo que o nervosismo o levou a cometer “alguns erros nas primeiras três voltas”.

“Estou muito contente com a minha corrida. Foi importante voltar ao pódio, depois do acidente que tive aqui no ano passado. No começo estava nervoso, cometi alguns erros nas primeiras três voltas, mas foi uma corrida bonita. Puxei bastante o ritmo, o Maverick [Viñales] foi muito rápido, mas não sei o que aconteceu com ele”, contou o italiano, que ficou na segunda posição, a 0,882 segundos de ‘Martinator’.

‘Bestia’ elogiou, depois, a corrida do vencedor: “Jorge [Martín] foi melhor, foi muito rápido na última parte da corrida e conseguiu dar mais. Ele esteve perfeito”.

Já Pedro Acosta, estreante na categoria rainha do Mundial de velocidade, ficou no último lugar do pódio, a 5,362 segundos de Martin, e atribuiu o mérito à equipa, que “fez um trabalho incrível” para conseguir conduzir a mota “perfeita”.

“A equipa fez um trabalho incrível, a mota esteve perfeita e não houve problemas de pneus. Precisamos de melhorar em algumas áreas, mas hoje o vermelho é da GasGas. Não ia ser fácil conseguir o meu primeiro pódio, mas já está. É agradecer a toda esta gente que está por detrás deste projeto”, apontou.

No segundo prémio da temporada, depois do nono lugar obtido no Grande Prémio do Qatar, o ‘rookie’ beneficiou da queda do espanhol Maverick Viñales, que venceu a corrida sprint no sábado, para chegar ao terceiro lugar.

“Super feliz. Muito feliz por este fim de semana. Fui dando mais de mim e senti-me muito confortável com a moto”, terminou.

Com estes resultados, Jorge Martín saltou para o comando do Mundial, com 60 pontos, mais 18 do que o sul-africano Brad Binder (KTM), que hoje foi o quarto classificado. Bastianini é o terceiro, com 39 e Bagnaia o quarto, com 37.

Já Miguel Oliveira subiu para o 14.º lugar, graças aos sete pontos conquistados hoje. O piloto da Aprilia soma, agora, oito.

A próxima ronda será o GP das Américas, nos Estados Unidos, de 12 a 14 de abril.

(Com Lusa)
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