Dakar2025. João Ferreira atrasa-se e Guerreiro recupera

por Lusa
João Ferreira viveu uma etapa complicada Leon Jansen - EPA

João Ferreira (Mini) atrasou-se na quinta etapa da 47.ª edição do Rali Dakar de todo-o-terreno, na Arábia Saudita, devido a um furo e à navegação, num dia em que Gonçalo Guerreiro (Red Bull) recuperou o segundo lugar nos Challenger.

Na categoria Ultimate, considerada a rainha da competição, o leiriense João Ferreira desceu do nono ao 11.º lugar, depois de ter cedido 42.02 minutos para o vencedor da etapa, o norte-americano Seth Quintero (Toyota), com o qatari Nasser Al-Attiyah (Dacia) a ver-se despojado da vitória na tirada devido a uma penalização de 10 minutos por ter perdido uma das duas rodas suplentes durante o percurso.

Na geral, o sul-africano Henk Lategan (Toyota) mantém o comando, mas agora com 10.17 minutos de avanço para o saudita Yazeed Al-Rajhi (Toyota).

Já o português João Ferreira sofreu um furo logo no início desta etapa entre Al Ula e Hail, com 423 quilómetros cronometrados, e ainda sentiu problemas com a navegação nesta segunda metade da etapa maratona.

Demorámos muito a encontrar o caminho certo, mas são situações normais no Dakar. Os primeiros carros começam a abrir pista e não foram na direção correta. Nós seguimos as marcas, mas, neste caso, deveríamos ter ido mais pela esquerda”, explicou à agência Lusa o piloto leiriense, de 25 anos, que é navegado por Filipe Palmeiro.

Com o tempo perdido, Ferreira baixou do nono ao 11.º lugar da geral, a 1:52.15 horas do comandante.

Gonçalo Guerreiro recupera 2.º lugar

Na classe Challenger, de veículos ligeiros, o estreante Gonçalo Guerreiro recuperou o segundo lugar da geral ao ser quarto classificado, a 13.48 minutos do saudita Yasir Seaidan (BBR).

Foi mais uma etapa difícil, uma etapa maratona. Tivemos novamente um furo, assim como ontem [quarta-feira]. É o normal, é o Dakar. Mas terminámos, que era o objetivo. Ainda temos mais uma semana dura pela frente, mas estou feliz com o resultado que temos tido. Chegar sem problemas é positivo”, sublinhou o piloto luso.

Pior sorte, nesta categoria, teve Luís Portela de Morais (GRally), que sentiu problemas mecânicos na sua viatura ainda antes de completar 500 metros na etapa. “Acho que nem andámos 500 metros e tivemos de parar para tentar reparar a avaria. Conseguimos chegar até ao final, mas o carro não estava bem”, disse à agência Lusa, após terminar na 18.ª posição, a 1:14.47 horas do vencedor.

Esta sexta-feira os pilotos cumprem um dia de descanso, antes de a prova volta à estrada no sábado, com a ligação entre Hail e Duwadimi, a maior da edição deste ano, que inclui 605 quilómetros cronometrados.
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