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Turquia reivindica a morte de 394 "terroristas" na primeira semana da operação em Afrin

por Lusa
Combatentes do Exército Livre da Síria, ELS, apoiado pela Turquia, durante operações no norte da Síria Reuters

Ancara, 27 jan (Lusa) -- A Turquia reivindicou hoje a morte de 394 "terroristas" de diferentes milícias curdas e do grupo Estado Islâmico (EI) na primeira semana da intervenção militar que está a realizar no enclave de Afrin, no noroeste da Síria.

Num comunicado destinado a fazer um balanço da primeira semana da operação "Ramo de Oliveira", o Estado-Maior do Exército turco indica que está a coordenar a força aérea e unidades terrestres com as forças do opositor Exército Livre da Síria (ELS).

"Até ao momento, os aviões e helicópteros turcos destruíram 340 objetivos na zona de Afrin", lê-se no documento, que dá conta também de ter sofrido três baixas e 30 feridos entre as suas forças, enquanto nas do parceiro do ELS morreram 13 elementos e outros 24 ficaram também feridos.

O diário turco Hurriet indica hoje na sua edição eletrónica que o mau tempo, com fortes chuvadas e neve, as unidades militares governamentais estão a avançar com dificuldade.

Em vários comunicados, o Presidente turco, Recep Erdogan, e o primeiro-ministro, Binali Yildirim, realçaram que a operação militar não se ficará só pelo enclave de Afrin, estendendo-se a toda a zona fronteiriça da Turquia.

Do outro lado, as milícias curdas apelaram hoje ao regime sírio, liderado pelo Presidente Bashar Al-Assad, para que apoie a luta contra o exército turco e as forças do ELS, bem como contra uma terceira parte envolvida no conflito, o próprio EI.

"O cantão autónomo de Afrin é parte indivisível da Síria e as nossas forças assumiram ao longo de seis anos o cumprimento das suas obrigações nacionais de proteger a zona. Apelamos ao Estado sírio a assumir também as suas obrigações soberanas e a proteger a fronteiras com a Turquia contra os ataques (turcos)", refere-se num comunicado das milícias, que ainda não obteve resposta de Damasco.

As autoridades turcas que atuam em Afrin têm agido com "grandes cautelas" e de forma "muito delicada", uma vez que as milícias curdas, consideradas "terroristas" por Ancara, terão recebido apoio logístico dos Estados Unidos para poder combater o EI.

Numa entrevista hoje ao canal CNNTurk, Numan Kurtulus, ministro da Cultura e Turismo turco, afirmou não acreditar que os soldados turcos possam envolver-se em confrontos contra tropas norte-americanas na região.

"Os Estados Unidos vão entender rapidamente o erro e vão perguntar-se por destruírem as relações com um aliado forte e estratégico (Turquia) por terem apoiado uma organização terrorista (milícias curdas)", sublinhou.

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