O presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, afirmou esta quarta-feira que, sem o apoio de Cuba, a situação no setor da saúde no país seria uma "catástrofe".
O chefe de Estado timorense falava na cerimónia de tomada de posse do novo embaixador de Timor-Leste em Cuba, Nívio Magalhães, e da representante permanente de Timor-Leste na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Laura Abrantes.
"Sem o apoio de Cuba para a formação médica de timorenses, a situação do setor de saúde hoje em Timor-Leste seria uma catástrofe", disse José Ramos-Horta.
Num discurso, o presidente timorense lembrou que, em 2002, aquando da restauração da independência, o país tinha apenas 19 médicos, formados na Indonésia e nenhum especialista.
Na altura, Cuba destacou 20 médicos, depois 50 e chegou a ter uma brigada de 200 médicos no país.
"Vinte e dois anos depois da independência a presença médica cubana em Timor-Leste continua a ser indispensável", disse José Ramos-Horta, salientando que é do interesse nacional a presença de uma embaixada timorense em Cuba.
Em relação à CPLP, o chefe de Estado timorense afirmou que tem "igual importância".
"Timor-Leste tem sido um dos países mais ativos da CPLP, não só pela sua participação permanente, mas pelo financiamento, apoio, que tem dado a países mais necessitados da CPLP, nomeadamente a Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe", recordou José Ramos-Horta.