O líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, discutiram no sábado o reforço da "coordenação estratégica e tática" dos exércitos dos dois países, informaram `media` da Coreia do Norte.
Depois de Kim ter inspecionado bombardeiros estratégicos e mísseis hipersónicos Kinzhal e de ter visitado um quartel da Frota do Pacífico, perto da cidade de Vladivostok, no extremo oriente russo, Shoigu ofereceu um almoço ao líder norte-coreano, escreveu a agência de notícias oficial norte-coreana KCNA.
Shoigu expressou, durante o evento, "vontade de aprofundar ainda mais a amizade e a cooperação entre os ministérios da Defesa dos dois países".
Já o homólogo norte-coreano, Kang Sun-nam, falou em "reforçar ainda mais a unidade e a cooperação com o exército russo e salvaguardar de forma responsável a paz e a estabilidade regional e mundial".
Ainda segundo a agência de notícias, após o banquete, Shoigu e Kim "trocaram pontos de vista construtivos sobre questões práticas relacionadas com o reforço da coordenação estratégica e tática, sobre a cooperação e o intercâmbio mútuo entre as forças armadas dos dois países e sobre os domínios da Defesa e da Segurança Nacional".
Kim e Shoigu encontraram-se em Pyongyang em julho, altura em que o ministro russo propôs à Coreia do Norte a realização de exercícios navais conjuntos com a Rússia e a China, de acordo com os serviços secretos sul-coreanos.
Após o almoço, Kim assistiu ao bailado "A Bela Adormecida", acrescentou a KCNA.
O líder norte-coreano encontrou-se com o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, na quarta-feira em Vostotchny, a cerca de oito mil quilómetros este de Moscovo.
Não foi assinado qualquer acordo entre os dois países, disse, na sexta-feira, o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov.
Os Estados Unidos disseram suspeitar que a Rússia quer comprar armas a Pyongyang para usar na guerra contra a Ucrânia, enquanto a Coreia do Norte quer adquirir tecnologias para os programas nuclear e de mísseis.
Washington advertiu Pyongyang de que vai sofrer consequências se contribuir para o esforço de guerra da Rússia na Ucrânia.
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