O secretário-geral do PS acusou esta quarta-feira o Governo de não ter apresentado um plano de emergência para a saúde, mas sim um `powerpoint` com medidas que descrevem o atual trabalho do SNS, considerando que foi uma "profunda desilusão".
"Nem eu nem nenhum português ouviu nenhum plano. Aquilo que foi apresentado foi um `powerpoint` com um conjunto de medidas que descrevem aquilo que já é hoje o trabalho diário do SNS. Não há nenhuma visão para o SNS, nenhuma reforma, mas temos que esperar para vermos o plano", respondeu aos jornalistas Pedro Nuno Santos numa final de uma ação de campanha para as europeias em Portimão, Faro.
Segundo o líder do PS, este `powerpoint` "não inspira muita confiança numa mudança no SNS".
"Não vamos fazer nenhuma festa por causa de um `powerpoint` que na realidade não traz nada de extraordinário que nos dê esperança sobre o que este Governo vai fazer no SNS", disse.
Para Pedro Nuno Santos, a apresentação deste plano de emergência para a saúde "foi até uma desilusão" porque havia "uma grande promessa de apresentação de um plano em 60 dias para dar resposta a um problema que preocupa os portugueses" e, depois, o que há é "um listar de medidas, grande parte delas é o trabalho que o SNS faz todos os dias".
"É uma profunda desilusão", sintetizou.
O primeiro-ministro anunciou hoje que o programa de emergência para a saúde pretende esgotar os recursos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) até ao limite, mas conta também com os setores social e privado de forma complementar.
"Este plano de emergência e transformação na saúde vai esgotar, até ao limite do que é possível, a capacidade do Estado, seja no aproveitamento dos recursos humanos, seja no aproveitamento de todas as unidades de saúde", afirmou Luís Montenegro na apresentação das medidas para o setor aprovadas hoje em Conselho de Ministros.