O mês de julho foi o mais mortal para civis na guerra da Rússia na Ucrânia em quase dois anos, registando-se pelo menos 219 mortos e 1.018 feridos, indicaram esta quarta-feira as Nações Unidas (ONU).
Numa reunião do Conselho de Segurança da ONU, convocada pela Eslovénia e pelos Estados Unidos para discutir a situação política e de segurança na Ucrânia, o secretário-geral adjunto das Nações Unidas para a Europa, Ásia Central e Américas, Miroslav Jenca, frisou que, "tragicamente", os números de vítimas continuam a aumentar, uma vez que cidades, vilas e aldeias em todo território ucraniano continuam a ser atingidas diariamente por mísseis, bombas e `drones` explosivos.
"Não podemos permitir que a terrível devastação desta guerra seja normalizada", instou Jenca.
De acordo com o Gabinete do Alto Comissariado para os Direitos Humanos, desde 24 de fevereiro de 2022, quando a Rússia invadiu a Ucrânia, 11.662 civis foram mortos - 639 deles crianças - e 24.207 civis ficaram feridos - sendo 1.577 crianças.
Nos últimos dois dias, centenas de mísseis e drones mataram pelo menos 11 pessoas e atingiram infraestruturas de energia e outras de tipo civil em todo o país, com danos relatados em 15 regiões, apontou hoje Jenca.
"Esta vasta destruição agrava ainda mais o acesso já precário à energia e à água para milhões de pessoas", disse o representante da ONU.