NATO diz que é preciso apoiar mais após um dos maiores bombardeamentos russos

por Lusa
Foto: Reuters

O secretário-geral cessante da NATO defendeu esta quarta-feira que é necessário continuar a apoiar a Ucrânia com todo o armamento de que necessite para repelir a invasão russa, condenando um dos maiores bombardeamentos russos desde início do conflito.

"O Conselho NATO-Ucrânia reuniu-se para abordar os desenvolvimentos no campo de batalha e as necessidades de equipamento prioritárias da Ucrânia", escreveu Jens Stoltenberg, na rede social X (antigo Twitter).

Depois de uma reunião deste organismo criado há pouco mais de um ano, o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) condenou "veementemente a escalada dos bombardeamentos russos na Ucrânia".

"Precisamos de continuar a providenciar à Ucrânia o equipamento e munições de que precisa para defender-se", advogou.

O Conselho NATO-Ucrânia reuniu-se a pedido de Kiev, na sequência da vaga de ataques russos que visou cidades e infraestruturas ucranianas na segunda e terça-feira.

A defesa antiaérea, que a Ucrânia assume como uma necessidade crucial, foi um dos principais temas da reunião, segundo fontes diplomáticas citadas pela AFP, tendo Kiev sido representado pelo ministro da Defesa Rustem Umerov.

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu a ajuda das forças aéreas dos países vizinhos europeus para destruir as vagas de mísseis e `drones` (aeronaves não tripuladas) com que a Rússia visou o território ucraniano de forma maciça no início desta semana.

"Nas várias regiões da Ucrânia, poderíamos fazer muito mais para proteger vidas se as forças aéreas dos nossos vizinhos europeus trabalhassem em conjunto com os nossos [caças] F-16 e as nossas defesas antiaéreas", disse Zelensky, exigindo "soluções".

Na segunda-feira, no maior ataque russo das últimas semanas, 15 regiões da Ucrânia foram alvo de um total de 236 mísseis e `drones`, segundo Kiev, que afirma ter abatido 201.

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.

Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

O Conselho NATO-Ucrânia foi criado em julho de 2023 para aproximar Kiev da Aliança Atlântica.

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