EUA e Reino Unido condenam ataques "escandalosos" e "cobardes" da Rússia

por Lusa

Os Estados Unidos e o Reino Unido condenaram esta segunda-feira os ataques "escandalosos" e "cobardes" contra infraestruturas energéticas na Ucrânia, que causaram pelo menos cinco mortos, reiterando o seu apoio a Kiev.

"Condenamos veementemente a guerra da Rússia contra a Ucrânia e os seus esforços para mergulhar os ucranianos na escuridão à medida que o outono se aproxima", destacou o porta-voz do Conselho de Segurança da Casa Branca, John Kirby, que classificou os ataques como "escandalosos".

Kirby garantiu que Washington vai enviar "equipamento energético para a Ucrânia para reparar o que a Rússia danificou e fortalecer a resiliência da rede energética ucraniana".

Também o Reino Unido condenou hoje os ataques maciços de Moscovo contra infraestruturas civis ucranianas.

"O Reino Unido condena veementemente os ataques cobardes de mísseis e drones da Rússia contra infraestruturas civis em toda a Ucrânia", realçou o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, David Lammy, através da rede social X.

"Estes ataques constituem uma violação flagrante do direito internacional e os responsáveis devem ser levados à justiça", acrescentou.

Também o Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão acusou a Rússia de "tentar destruir o fornecimento" de electricidade à Ucrânia.

Pelo menos cinco pessoas morreram e outras 30 ficaram feridas na sequência do ataque em grande escala da Rússia com 236 projéteis contra infraestruturas energéticas da Ucrânia, em 15 regiões do país, de acordo com um porta-voz do serviço de emergência da Ucrânia, Oleksander Jorunyi, citado pela agência de notícias ucraniana Ukrinform.

Mais de 100 infraestruturas sofreram danos, entre edifícios residenciais e várias estruturas que tinham funções diversas, bem como infraestruturas críticas, acrescentou.

A Força Aérea ucraniana especificou que registou 127 mísseis e 109 `drones` lançados pelas forças russas, dos quais conseguiram abater 102 mísseis e 99 `drones`.

O Exército polaco anunciou que um "dispositivo voador", provavelmente um `drone` Shahed, entrou no território da Polónia, país membro da NATO, antes de desaparecer do radar na madrugada de hoje.

O Ministério da Defesa russo confirmou ter realizado um "ataque maciço", alegadamente contra aeródromos militares e instalações energéticas.

O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky garantiu, em comunicado, que este é um dos maiores ataques das forças russas desde o início da guerra: "Como a maioria dos ataques russos anteriores, este é igualmente cobarde e tem como alvo infraestruturas civis críticas (...). Infelizmente há vítimas. As minhas mais profundas condolências a todos os familiares e amigos. Há dezenas de feridos".

Zelensky aproveitou o mais recente ataque russo para exigir mais uma vez aos parceiros da Ucrânia a necessária autorização para utilizarem as armas que recebem para atacar as posições russas a partir das quais são lançados este tipo de ataques.

"Cada um dos nossos parceiros sabe quais são as decisões necessárias para acabar com esta guerra e para acabar com ela de forma justa. Não pode haver restrições de grande alcance na Ucrânia, quando os terroristas não as têm", sublinhou.

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