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Delegação da AR à Assembleia da CPLP condena duplo homicídio em Maputo

por Lusa
Nuno Patrício - RTP

A delegação da Assembleia da República à Assembleia Parlamentar da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa condenou o duplo homicídio de elementos próximos ao candidato presidencial Venâncio Mondlane, que "mancha o atual momento político que se vive em Moçambique".

"Foi com profunda consternação que a Delegação da Assembleia da República à Assembleia Parlamentar da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa tomou conhecimento do assassinato de Elvino Dias e de Paulo Guambe, na madrugada deste sábado, 19 de outubro de 2024", lê-se na mensagem da delegação publicada hoje.

A delegação presidida por Ana Mendes Godinho expressou a "veemente condenação por este ato violento que mancha o atual momento político que se vive em Moçambique, no quadro do processo eleitoral".

Além disso, deixa também o apelo às autoridades moçambicanas para que "cumpram o seu dever de garantir a segurança de todos os intervenientes no processo eleitoral" e envia às "famílias e a todo o povo moçambicano uma mensagem de apoio e de profunda solidariedade".

O advogado Elvino Dias, conhecido defensor de casos de direitos humanos em Moçambique, era assessor jurídico de Venâncio Mondlane e da Coligação Aliança Democrática (CAD), formação política que apoiou inicialmente aquele candidato a Presidente da República de Moçambique, até a sua inscrição para as eleições gerais de 09 de outubro ter sido rejeitada pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).

Venâncio Mondlane viria depois a ser apoiado na sua candidatura pelo partido Povo Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos), cujo mandatário nacional das listas às legislativas e provinciais, Paulo Guambe, também seguia na viatura alvo do crime.

As eleições gerais de 09 de outubro incluíram as sétimas presidenciais - às quais já não concorreu o atual chefe de Estado, Filipe Nyusi, que atingiu o limite de dois mandatos - em simultâneo com as sétimas legislativas e quartas para assembleias e governadores provinciais.

O Governo português e a União Europeia já condenaram estes assassínios.

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