O líder parlamentar do partido do presidente Yoon Suk-yeol na Assembleia Nacional da Coreia do Sul garantiu esta quinta-feira que todos os deputados vão rejeitar a moção apresentada pela oposição para destituir o chefe de Estado.
"Os 108 deputados do Partido do Poder Popular (PPP) vão permanecer unidos na rejeição da destituição do presidente", declarou Choo Kyung-ho, numa transmissão em direto da reunião do partido.
Por seu lado, o líder do PPP exigiu que Yoon Suk-yeol abandone a formação, ao mesmo tempo que se comprometeu a bloquear a moção de destituição apresentada pela oposição.
Han Dong-hoon declarou aos jornalistas ter exigido a Yoon "que abandonasse o partido", acrescentando que o PPP não estava "a tentar defender a lei marcial inconstitucional do presidente".
A oposição precisa que oito deputados do partido no poder votem a favor para que a moção de destituição seja aprovada.
Na terça-feira à noite, Yoon comunicou ao país a imposição da lei marcial para "erradicar as forças a favor da Coreia do Norte e proteger a ordem constitucional" das atividades "anti-estatais", tendo acusado o principal bloco da oposição, o Partido Democrático (PD).
Poucas horas depois, o presidente suspendeu a lei marcial, depois de a Assembleia Nacional ter revogado a decisão, numa sessão plenária extraordinária convocada numa altura em que milhares protestavam nas ruas de Seul.
Na quarta-feira, seis partidos da oposição na Coreia do Sul apresentaram uma moção para a destituição de Yoon.
O Partido Democrático (PD) e cinco outros partidos iniciaram assim o processo parlamentar que poderá levar à suspensão do poder do presidente sul-coreano, cujo partido governa em minoria.
A apresentação da moção de destituição foi anunciada à comunicação social na Assembleia Nacional pelos 192 deputados dos seis partidos.