Uma delegação da comissão da Câmara dos Representantes, a câmara baixa do parlamento dos Estados Unidos, que se dedica ao Partido Comunista Chinês (PCC), chegou esta quinta-feira a Taiwan para uma visita de três dias.
A comitiva de cinco deputados é liderada pelo presidente da comissão, o republicano Mike Gallagher, e pelo democrata sénior na comissão, Raja Krishnamoorthi.
"Taiwan mostrou repetidamente ao mundo como enfrentar a intimidação do PCC e não apenas sobreviver, mas prosperar", disse Gallagher, num comunicado de imprensa emitido após a chegada do grupo a Taipé.
A promoção de laços mais profundos entre os líderes e as economias dos EUA e de Taiwan "pode melhorar a paz e a estabilidade através do Estreito de Taiwan", acrescentou o republicano.
A delegação irá permanecer em Taiwan por três dias e reunir-se com a ainda presidente da ilha, Tsai Ing-wen, com o presidente eleito, William Lai Ching-te, e com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Joseph Wu Jaushieh, disse a diplomacia taiwanesa, num comunicado.
Raja Krishnamoorthi disse que Taiwan representa um baluarte contra as crescentes ameaças que as democracias enfrentam em todo o mundo.
"Os norte-americanos apoiam o povo de Taiwan porque reconhecemos que a democracia não é apenas a nossa forma de governo - é uma declaração dos nossos valores", disse o deputado.
A comissão da Câmara dos Representantes sobre o PCC, formada em 2023, realizou várias audiências focadas em direitos humanos, comércio, invasões cibernéticas e outras questões centrais para as crescentes tensões entre a China e os EUA.
As tensões agravaram-se sobretudo depois da então presidente da Câmara de Representantes, Nancy Pelosi, ter visitado Taiwan em 2022, o que levou a China a enviar navios de guerra e aviões militares para áreas perto da ilha e a disparar mísseis balísticos.
A visita da delegação ocorre um mês e meio depois de William Lai ter sido eleito presidente de Taiwan, com promessas de salvaguardar a independência da ilha em relação à China e alinhar Taiwan ainda mais com outras democracias.