Carvalho da Silva apela em arruada na Amadora ao voto "com memória" na CDU
O antigo secretário-geral da CGTP, Manuel Carvalho da Silva, surgiu esta terça-feira no início da arruada da CDU na Amadora, Lisboa, para apelar ao voto "com memória", sublinhando os riscos para a sociedade do enfraquecimento do PCP.
"Acho que é um momento em que precisamos muito de votar com memória. E é preciso ter presente que o enfraquecimento deste partido pode ser um prejuízo muito grande para desafios que aí vêm", disse o ex-líder da organização intersindical, depois de cumprimentar o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, nas ruas da Amadora, acrescentando: "Uma sociedade sem memória perde-se rapidamente".
Carvalho da Silva não quis sobrevalorizar a sua presença na iniciativa de campanha da CDU, ao notar que nunca deixou de "estar presente na sociedade". Por outro lado, realçou a história do partido no qual militou "muitos anos" e a sua importância para os desafios sociais do presente e do futuro.
"Estamos num tempo de grandes lutas. Os partidos têm a sua função, as suas capacidades e cada um tem o seu contributo, mas há uma realidade objetiva: o Partido Comunista [Português], no qual militei muitos anos e conheço bem, tem um chão, um lastro distintivo que faz muita falta à luta dos trabalhadores. E a luta vai ser difícil", vaticinou, antes de desejar uma "boa campanha" ao líder da CDU.