"Champions em Lisboa". PSG pela primeira vez na final
O Paris Saint-Germain (PSG) apurou-se pela primeira vez para a final da Liga dos Campeões de futebol, ao derrotar (3-0) o Leipzig, num triunfo obtido graças a uma fantástica exibição do extremo argentino Ángel Di Maria.
No entanto, não foi só graças a Di Maria que a equipa orientada pelo treinador alemão Thomas Tuchel eliminou o Leipzig. Os parisienses denotaram sempre maior experiência, apesar de também se estrearem agora numa final, foram sempre competentes a conter o conjunto de Julian Nagelsmann e até podiam ter construído um triunfo com números ainda mais expressivos.
Com apenas seis minutos de jogo e já o brasileiro Neymar atirava ao poste, após um passe notável de Mbappé. Era a primeira impressão de um PSG contundente (que logo no minuto a seguir colocou a bola na baliza, mas viu o lance anulado por mão de Neymar) e que não tardaria a ser confirmada aos 13 pelo primeiro golo, num livre superiormente executado por Di Maria e desviado de cabeça para a baliza do Leipzig pelo médio defensivo brasileiro Marquinhos.
O segundo golo podia ter surgido quatro minutos depois, por Mbappé, mas o avançado francês, de 21 anos, viu Goulacsi fazer uma defesa bem sucedida. Entretanto, o Leipzig tentava ser fiel ao seu estilo, procurando pressionar alto e com muitos elementos, mas foi anulado de forma inteligente pelos três operários do meio-campo parisiense: Paredes, Marquinhos e Herrera.
Com um evidente conforto em todas as fases do jogo, o PSG geria o ritmo sem forçar, já que o receio do Leipzig em voltar a ser surpreendido nas costas da defesa parecia prender toda a equipa. E assim, já depois de nova bola no poste de Neymar, num livre que surpreendeu toda a gente aos 35, chegou o 2-0 ainda antes do intervalo, com Di Maria a finalizar com classe perante Goulacsi, depois de um passe errado do guardião dar origem à jogada do golo.
O pequeno lateral espanhol desviou de cabeça na pequena área um cruzamento do extremo argentino, com muitos protestos do Leipzig à mistura, uma vez que os alemães reclamavam uma falta sobre Mukiele junto à linha de fundo. Como este ficou caído no relvado, acabou por colocar o jogador espanhol em posição regular, num lance que ainda ficou em "standby" devido à necessidade de revisão do videoárbitro.
Foi o "canto do cisne" para o Leipzig, que ainda esgotou as alterações com as entradas posteriores de Halstenberg, Tyler Adams e Orban, mas sem mudar nada de relevante no rumo da partida. Pelo contrário, foi o PSG que ficou sempre mais perto de dilatar a vantagem até ao final, com Thomas Tuchel a adiar as substituições até aos derradeiros minutos para manter a concentração da equipa no máximo e sem quebras que dessem azo a uma eventual reação do adversário.