Depois de o ter dito na quinta-feira, um dia depois de revelados os orçamentos previstos dos partidos para  as legislativas, o Presidente da República volta a apelar para que não se gaste de forma excessiva nesta campanha.

Seria algo, diz, que os portugueses podiam não compreender. O PR admite que nos últimos anos os partidos têm vindo a "redizir bastante" os gastos, para logo de seguida afirmar que "tudo o que façam para diminuir as depseas de campanha é positivo".

Será algo, diz nesta entrevista ao jornal I, que pode levar a uma "aproximação dos cidadãos aos seus representantes". Os portugueses têm hoje um "escrutínio muito mais intenso quanto aos gastos políticos"

Marcelo Rebelo de Sousa alerta que os portugueses têm hoje um "escrutínio muito mais intenso quanto aos gastos políticos". Fala ainda num "legítimo juízo crítico" dos portugueses "quanto ao que possam considerar um excessivo uso de meios" nas campanhas eleitorais.

As alternativas que estão hoje ao dispôr dos partidos permitem essa gestão mais cuidada, alega o PR. "Além dos Tempos de Antena há uma cobertura mediática muito intensa em matérias de entrevistas, de debates e de reportagens de iniciativas de pré-campanha e de campanha". O que não acontecia "há 20, 30 ou 40 anos".

Em paralelo com este aviso à navegação, o Presidente da República recorada que tentou "dar o exemplo" na sua campanha às presidenciais, quando gastou cerca de 180 mil euros. Um valor que ficou "muito, muito aquém daquilo que seria o limite correspondente ao somatório dos votos obtidos".

Um ano de pré-campanha

Ainda este domingo o Presidente da República tinha falado sobre este período de eleições, ao afirmar que os portugueses tiveram um ano de pré-campanha para as eleições legislativas de outubro que deveria ter sido "menos longa".

"Estamos agora a entrar numa longuíssima campanha eleitoral, que eu teria gostado que fosse menos longa e que não demorasse um ano", afirmou.

O Tribunal Constitucional publicou esta quarta-feira os orçamentos de cada partido político para a campanha eleitoral para as eleições legislativas.

O PS é o mais gastador, com uma previsão de quase dois milhões e meio de euros.

Segue-se o PSD, com um orçamento de dois milhões de euros.

Os partidos com assento parlamentar estimam gastar 7 milhões e 400 mil euros na campanha eleitoral para as Legislativas.

Bloco de Esquerda e PAN admitem gastar mais do que na campanha de 2015