A seleção feminina de futebol do Canadá, campeã olímpica em título, recorreu hoje para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) da dedução de seis pontos no torneio Paris2024, por utilizar drones para espiar adversárias.
O Comité Olímpico Canadiano e a Federação Canadiana de Futebol decidiram apelar da dedução automática de seis pontos imposta pela FIFA à seleção feminina, por acreditarem que o recurso “pune injustamente as jogadoras”.
“O recurso baseia-se na desproporcionalidade da sanção, que acreditamos punir injustamente os atletas por ações nas quais elas não participaram e vai muito além de restaurar a equidade na partida contra a Nova Zelândia”, pode ler-se na nota divulgada hoje pelos dois organismos.
Além da penalização desportiva, que pode colocar em risco o apuramento da detentora do troféu para os quartos de final, a FIFA suspendeu por um ano a treinadora Bev Priestman, campeã olímpica em Tóquio2020 e já afastada pelo Comité Olímpico Canadiano até ao fim da XXXIII edição dos Jogos.
O organismo regulador do futebol mundial considerou que a utilização de drones por parte da técnica adjunta Jasmine Mander e do analista Joseph Lombardi – igualmente suspensos por um ano – para espiar um treino da Nova Zelândia representa “um comportamento ofensivo e uma violação dos princípios do fair-play”.
Já sem a presença de Priestman no banco de suplentes, substituída pelo treinador adjunto Andy Spence, o Canadá venceu a Nova Zelândia, por 2-1, na primeira jornada do Grupo A do torneio olímpico, e a França por igual resultado, na segunda ronda.
Nesta altura, a Colômbia lidera a ‘poule’ com três pontos, os mesmos da França, enquanto Canadá e Nova Zelândia estão a zero.
Apesar de ficar em posição muito fragilizada para continuar a defender o título conquistado na capital japonesa, o Canadá pode beneficiar do facto de dois dos três melhores terceiros classificados se apurarem para os quartos de final.