Oito atletas portuguesas partiram com sonhos de finais olímpicas

por Lusa
Reuters

Oito atletas portugueses partiram hoje para Paris2024, com seis deles a terem o sonho de atingir finais olímpicas e, no caso de Liliana Cá, “lutar até ao fim por uma medalha”, após ser quinta nos últimos Jogos Olímpicos.

“As expectativas são as mesmas, tentar dar o meu melhor e ir à final, que decide tudo. Conseguir, nos apuramentos, fazer marca para a final e, aí, arriscar mais ainda. Vou dar o meu melhor e estou disposta a lutar até ao fim por uma medalha”, realçou Liliana Cá.

No aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, a lançadora do disco era a única dos oito que foram hoje para Paris que sabe o que é ser finalista, mas Francisco Belo, do lançamento do peso, também procura melhorar a 16.ª posição alcançada em Tóquio2020 e atingir a final.

“O objetivo principal é melhorar esse lugar. Depois, o segundo objetivo é passar à final. O objetivo a seguir é fazer recorde pessoal. Melhorar a qualificação de Tóquio e poder ambicionar uma final seria espetacular. Passar à final é o meu ouro”, disse o lançador.

Também Jéssica Inchude, que vai para a sua segunda participação olímpica, a primeira por Portugal – esteve no Rio2026 com a Guiné-Bissau, com o 18.º lugar no lançamento do peso -, coloca as expectativas altas e mostrou-se animada por conseguir o objetivo.

“Para mim, as expectativas estão altas. Estou bastante animada e o meu maior desejo é ser finalista olímpica. Depois disso, chegar o mais perto possível das oito primeiras e daí em diante”, expressou a atleta, que revelou a ansiedade por chegar à Aldeia Olímpica.

Lorene Bazolo é uma das mais experientes de toda a comitiva de 73 portugueses, rumo à sua quarta participação em Jogos Olímpicos, nos quais vai disputar as provas dos 100 e 200 metros, que foi sempre a melhorar os resultados a cada participação no evento.

“O meu sonho sempre foi chegar a uma final. Tenho consciência de que, antes, tenho fases para cumprir. Quero passar primeiro essas fases, mas o sonho está lá”, salientou.

Após o 32.º lugar no lançamento do disco em Londres2012 e do 25.º em Tóquio2020, Irina Rodrigues, que falhou o Rio2016 por lesão, partilha o mesmo sonho, com orgulho na carreira que já tem, partilhada com a medicina, o que confere maior força e honra.

“Vou com a sensação de que estou com uma carreira de 20 anos e isso dá-me orgulho por continuar a ter força para me preparar para outra edição. Depois, pelo facto de ser médica e atleta. Isso também me deixa honrada. O grande sonho é ser finalista”, disse.

Falhado Tóquio2020 “por meros lugares”, após ter sido o 29.º no lançamento do peso em Rio2016, Tsanko Arnaudov continuou a acreditar e a lutar por regressar e, agora, o seu objetivo passa por terminar a prova na primeira parte da tabela, dentro do top 16.

“Concluir na primeira metade da tabela era extraordinário. Ficar entre os 16 primeiros, para mim, seria um orgulho. Somos apenas 31 atletas de todo o mundo, com milhões a praticar, e vou estar outra vez entre os melhores”, afirmou, garantindo boa preparação.

Apenas dois estreantes estiveram entre os atletas que partiram hoje, casos de Eliana Bandeira e Pedro Buaró, com a primeira, do lançamento do peso, a querer fazer melhor do que as suas prestações de destaque e desfrutar desta experiência olímpica pela primeira vez.

“É um campeonato único, foram 10 anos de preparação. É desfrutar de cada momento desta oportunidade e dar o meu máximo. Se fizer mais 1% do que já lanço, já era bom. O objetivo é melhorar 1% e desfrutar de toda a competição”, considerou a lançadora.

Por outro lado, Pedro Buaró, do salto com vara, foi mais ambicioso, apontando à final.

“A preparação no verão foi um bocadinho difícil, pois tive algumas lesões e problemas na lombar. Entretanto, consegui resolver e acho que estou perto do nível desejado. O meu primeiro objetivo é chegar à final e, depois, fazer o melhor que conseguir”, disse.

Os Jogos Olímpicos decorrem até 11 de agosto, em Paris.

PUB