A chuva adiou a participação de Gustavo Ribeiro nos Jogos Olímpicos. São Pedro, se for ele que controla as nuvens, impediu os skates de rolarem na Concórdia e alterou também os planos da nossa equipa de reportagem.
Sem Gustavo em ação, eu, o Filipe Valente e o Miguel Teixeira tomámos a
direção de Versalhes. É no emblemático lugar dos postais de França que estão a
decorrer as provas de equitação.
O problema é que a chuva não mudou de planos e decidiu "castigar" Paris e os arredores durante todo o dia. A viagem foi por isso mais adversa e a nossa estadia no local de competição também. Poças, muita lama, caminhos de terra batida feitos em papa... enfim, um cenário difícil para a reportagem.
Custou chegar ao posto onde íamos filmar a prova. Enquanto o Filipe preparava o material, olhei para o lado e percebi que faltava apenas um atleta para a entrada do Manuel Grave em competição, a sua estreia em Jogos Olímpicos.
Em prova estava um atleta de África do Sul e atrás de mim a família. Mulher e filho, supus.
Era impossível desviar o nosso olhar do deles. Fitavam a performance com uma ternura comovente. Anos de trabalho para viver o momento único de estar a participar nos Jogos Olímpicos. E os que acompanharam a caminhada até ali, na primeira fila, a absorver cada instante.
Talvez contra as regras, estendi o telemóvel
para a Susan digitar o número dela. O vídeo seguiu pouco depois por WhatsApp e a resposta foi um "Thank you so much. You are so kind to
capture this special moment." (Muito obrigada. Foi muito amável ter captado este momento especial).
Obrigado eu, por ter oportunidade de viver os Jogos Olímpicos.
O problema é que a chuva não mudou de planos e decidiu "castigar" Paris e os arredores durante todo o dia. A viagem foi por isso mais adversa e a nossa estadia no local de competição também. Poças, muita lama, caminhos de terra batida feitos em papa... enfim, um cenário difícil para a reportagem.
Custou chegar ao posto onde íamos filmar a prova. Enquanto o Filipe preparava o material, olhei para o lado e percebi que faltava apenas um atleta para a entrada do Manuel Grave em competição, a sua estreia em Jogos Olímpicos.
Em prova estava um atleta de África do Sul e atrás de mim a família. Mulher e filho, supus.
Era impossível desviar o nosso olhar do deles. Fitavam a performance com uma ternura comovente. Anos de trabalho para viver o momento único de estar a participar nos Jogos Olímpicos. E os que acompanharam a caminhada até ali, na primeira fila, a absorver cada instante.
Gravei, com uma lágrima no canto do olho,
aquele momento único que será eterno na memória deles e no meu
telemóvel. Só mais tarde fiquei a saber que o atleta se chamava
Alexander Peternell.
Obrigado eu, por ter oportunidade de viver os Jogos Olímpicos.