UNOPS apela ao fim do "sofrimento" e a uma "paz duradoura" no Médio Oriente

por Inês Moreira Santos - RTP
Lev Radin/Sipa USA via Reuters Connect

No dia que marca um ano desde o início da escalada no Médio Oriente, o Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS, na sigla em inglês) renovou o apelo ao fim do "sofrimento, à paz e ao respeito pelo direito internacional e pela justiça". Num comunicado o diretor-geral da organização, Jorge Moreira da Silva, reforçou o empenho "em apoiar o desenvolvimento sustentável e a paz duradoura" em toda a região.

"Um ano após os ataques abomináveis ​​do Hamas a 7 de outubro de 2023, a escala do sofrimento humano e da devastação no Médio Oriente é um lembrete trágico dos impactos duradouros da violência e do conflito", afirmou o responsável oa UNOPS nas declarações enviadas à comunicação social.

Jorge Moreira Silva recordou que, neste último ano, "inúmeras vidas foram perdidas e muitas mais ficaram feridas", além das comunicadade que "foram dilaceradas" e que "a infraestrutura civil está em ruínas".

O conflito que, no ano passado começou com o ataque do Hamas a Israel, "agora espalhou-se pela região, ameaçando instabilidade generalizada e aprofundando a crise humanitária que afeta milhões".

"Isto tem de parar. A importância de um cessar-fogo imediato e da libertação imediata e incondicional de todos os reféns não pode ser exagerada".

De acordo com a UNOPS, há 2,1 milhões de palestinianos a viver "num inferno", em Gaza, e "mais de 70 por cento da infraestrutura civil — casas, hospitais, escolas, água e instalações sanitárias — foi destruída ou severamente danificada".

Para agravar, é referido na nota enviada, "nove em cada 10 pessoas estão deslocadas, incluindo trabalhadores humanitários da ONU e respetivas famílias" e o sistema de saúde na região está a entrar em colapso.

"Esta tragédia humana desafiou as nossas normas e valores fundamentais. Temos uma responsabilidade coletiva e urgente de agir, para responder às necessidades imediatas e construir as bases para um futuro pacífico e próspero".

Responsabilidade que a UNOPS considera levar a sério. Contudo, "Gaza é um dos lugares mais perigosos e difíceis de se trabalhar no mundo", onde mais de 220 funcionários da ONU morreram no ano passado.

O UNOPS está, ainda assim, "determinado a ficar e ajudar o povo de Gaza, tanto para responder às necessidades humanitárias imediatas quanto para apoiar os imensos esforços de recuperação e reconstrução que são desesperadamente necessários".

"Mas a entrega efetiva de ajuda na escala necessária simplesmente não será possível sem vontade política, garantias de segurança e proteção necessárias e um ambiente propício", declarou Jorge Moreira da Silva.

Num contexto de escalada de tensão na região e a iniciar o segundo ano do conflito, "agora envolvendo a região mais ampla", o UNOPS renovou o "apelo pelo fim deste sofrimento, pela paz e pelo respeito ao direito e à justiça internacionais".

"O UNOPS continua comprometido em apoiar o desenvolvimento sustentável e a paz duradoura em Gaza, no Líbano e em todo o Médio Oriente"
, concluiu.


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