Scholz frisou a Netanyahu "necessidade urgente" de melhorar ajuda em Gaza
O chanceler alemão, Olaf Scholz, transmitiu hoje ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, a "necessidade urgente" de melhorar a ajuda humanitária aos habitantes da Faixa de Gaza, segundo um comunicado do seu gabinete.
Numa conversa telefónica que os dois governantes mantiveram sobre a Faixa de Gaza e a fronteira entre Israel e o Líbano, o responsável alemão sublinhou "a necessidade urgente de melhorar significativamente o acesso e a entrega de assistência humanitária ao povo de Gaza".
"A atual situação de abastecimento e segurança da população civil palestiniana é muito preocupante", notou Scholz, que destacou ainda que apenas uma solução negociada de dois Estados pode perspetivar uma solução sustentável para o conflito.
Para Scholz, a solução de dois Estados deve aplicar-se a Gaza e à Cisjordânia e "uma Autoridade Palestiniana reformada" terá um papel chave.
Segundo o comunicado, foi também abordada a situação dos reféns ainda detidos pelo braço armado do Hamas após o ataque terrorista de 07 de outubro contra Israel.
O governo alemão, composto por socialistas, verdes e liberais, "apoia ativamente todos os esforços que levem à sua libertação o mais rapidamente possível", concluiu o texto.
A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 122.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 27.000 mortos, 67.000 feridos e 8.000 desaparecidos, na maioria civis, de acordo com o último balanço das autoridades locais.
Também provocou quase dois milhões de deslocados (mais de 85% dos habitantes), mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com toda a população afetada por níveis graves de fome que já está a fazer vítimas, segundo a ONU.
Na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, territórios ocupados pelo Estado judaico, mais de 370 palestinianos foram mortos desde 07 de outubro pelas forças israelitas e em ataques perpetrados por colonos, além de se terem registado mais de 3.000 feridos e 5.600 detenções.