Palestina condena Conselho de Segurança da ONU por "guerra genocida" em Gaza
O Governo palestiniano responsabilizou hoje o Conselho de Segurança das Nações Unidas pelas consequências da "guerra genocida" de Israel contra a Faixa de Gaza, devido à sua "contínua incapacidade de parar" o conflito.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros palestiniano apelou ao órgão para "assumir a sua responsabilidade legal" e "exercer os seus poderes" para proteger o povo palestiniano face ao "genocídio" cometido pelas tropas israelitas no enclave no âmbito da ofensiva desencadeada após os ataques do movimento palestiniano Hamas em 07 de outubro de 2023.
Numa declaração publicada na sua conta na rede social X, denunciou a existência de "uma guerra de fome" e a deslocação forçada da população no norte de Gaza, antes de insistir na necessidade de "aplicar as resoluções internacionais" para pôr fim à ofensiva.
O ministério alertou para os "perigos" dos "planos" apresentados para "separar as duas partes da pátria palestiniana", referindo-se a Gaza e à Cisjordânia - incluindo Jerusalém Leste - com o objetivo de "minar a possibilidade de concretizar um Estado palestiniano", antes de insistir que Israel "não tem autoridade nem capacidade para vetar o funcionamento das instituições do Estado palestiniano na Faixa de Gaza".
"Não se deve permitir que isso aconteça, tanto mais que a Faixa de Gaza é parte integrante do território ocupado do Estado da Palestina", sublinhou, antes de apelar aos países que manifestaram o seu apoio à solução dos dois Estados para que "respeitem a sua decisão" e a apliquem para que se concretize no terreno.
A ofensiva contra Gaza foi lançada após os atentados do Hamas em 07 de outubro de 2023, que causaram cerca de 1.200 mortos e quase 250 raptados, segundo Israel.
As autoridades de Gaza, sob o controlo do Hamas, referiram cerca de 42.800 mortos, para além de cerca de 750 palestinianos mortos pelas forças de segurança israelitas e em ataques de colonos na Cisjordânia e em Jerusalém Leste.