A Organização Mundial de Saúde (OMS) apelou hoje ao "fim dos ataques" contra unidades de saúde no Líbano, onde o exército israelita efetua violentos bombardeamentos há mais de três semanas.
O ministro da Saúde libanês, Firas Abiad, afirmou no dia anterior ter registado "mais de 150 socorristas e assistentes mortos e 130 ambulâncias danificadas" no espaço de um ano.
O ministro acrescentou ainda que a violência tinha obrigado 13 hospitais a suspender total ou parcialmente as suas atividades.
Desde 08 de outubro de 2023, um dia após o início da guerra na Faixa de Gaza, Israel e o movimento armado apoiado pelo Irão iniciaram hostilidades, que, durante quase um ano, se limitaram a trocas de tiros ao longo da fronteira israelo-libanesa.
Contudo, no final de setembro, Israel iniciou uma ampla campanha de bombardeamentos que se concentrou no sul e no leste do Líbano, mas também nos subúrbios de Dahieh, no sul de Beirute, um bastião do Hezbollah, onde foi morto o seu líder, Hassan Nasrallah, bem como outros altos quadros do grupo armado libanês apoiado pelo Irão.
Segundo o Governo libanês, pelo menos 2.350 pessoas morreram no último ano, das quais 1.356 desde 23 de setembro, e mais de 1,2 milhões de pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas.