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MNE iraniano diz que Israel cometeu "erro estratégico" com assassínio de Haniyeh

por Lusa

Israel cometeu um "erro estratégico" ao assassinar na semana passada em Teerão o chefe político do Hamas, Ismail Haniyeh, e que lhe vai "custar" caro", considerou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros interino do Irão.

"O ato que os sionistas cometeram em Teerão é um erro estratégico e vai custar-lhes caro", afirmou Ali Bagheri à AFP em Jeddah, Arábia Saudita, um dia após uma reunião extraordinária da Organização da Cooperação Islâmica (OCI).

O ministro acusou Israel de "alastrar a guerra" na região, mas considerou que "não tem capacidade nem força" para combater o Irão.

Os responsáveis iranianos têm multiplicado as ameaças de uma resposta contra Israel, que ainda não comentou a morte de Ismail Haniyeh em 31 de julho, assinala a agência noticiosa francesa.

A reunião de sexta-feira dos ministros dos Negócios Estrangeiros ou de seus representantes, dos 57 Estados-membros da OCI resultou numa declaração que considera Israel "inteiramente responsável" pelo "odioso" assassínio do líder político do Hamas, que vivia no Qatar e desempenhava uma função de destaque nas conversações para um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Segundo o Exército israelita, entre as 251 pessoas sequestradas, 111 permanecem retidas em Gaza, das quais 39 já morreram.

O Exército israelita respondeu com uma devastadora campanha militar de represálias em Gaza que já provocou perto de 40 mil mortos, mais de 90.000 feridos, e um número indeterminado sob os escombros, de acordo com o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.

A Agência de Proteção Civil de Gaza indicou ainda na segunda-feira ter recebido os corpos de 80 palestinianos não identificados que Israel tinha enterrado numa vala comum.

O Hezbollah pó-iraniano, aliado libanês do movimento islamita palestiniano, também prometeu ripostar ao assassinato de Ismail Haniyeh, e do seu comandante militar Fuad Shukr, morto em 30 de julho num ataque israelita em Beirute.

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