Militares britânicos de prontidão para possível retirada de nacionais do Líbano
O Reino Unido colocou mais de mil militares britânicos de prontidão caso os cidadãos britânicos precisem ser retirados do Líbano. Já a Alemanha apela aos seus nacionais para não esperarem por uma operação de resgate de território libanês e adverte que devem sair o quanto antes pelos próprios meios.
O ministério já tinha apelado para que cidadãos britânicos começassem a deixar o Líbano, mas esta semana foi confirmado que mais de mil militares estavam de prontidão para ajudar no resgate de britânicos.
Estima-se que 16 mil britânicos estejam atualmente no Líbano, de acordo com dados divulgados a semana passada pelo secretário de Relações Exteriores David Lammy à Câmara dos Comuns.
Entretanto, centenas de tropas foram enviadas para o Chipre, onde o Reino Unido já tem presença militar. Uma base aérea da RAF em Akrotiri será provavelmente o centro para qualquer movimento aéreo, com caças Typhoon já estacionados em solo cipriota.
Berlim adverte os alemães para abandonarem o país de imediato e pelos próprios meios.
"Chegou a hora de deixar o Líbano", reiterou o porta-voz, apelando ainda a que os cidadãos organizem “a sua própria saída, mesmo que isso signifique viajar pela Turquia ou pagar altos preços pelos voos”.
De acordo com a Reuters, um porta-voz do Ministério da Defesa não deu mais detalhes sobre os preparativos para uma possível retirada de cidadãos alemães em caso de escalada no conflito no Oriente Médio.
Segundo a agência AFP, o grupo aéreo alemão acrescentou que vai prolongar a suspensão dos seus voos para Telavive (Israel), Teerão (Irão), Beirute (Líbano), Aman (Jordânia) e Erbil (Curdistão iraquiano) até 13 de agosto inclusive.
A ONU reitera também um apelo para que os familiares dos membros da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) deixem temporariamente o país, sublinhou a porta-voz da missão de paz das Nações Unidas, Andrea Tenenti, à agência noticiosa italiana Ansa.
O contingente da ONU é formado por cerca de dez mil militares, incluindo mais de mil italianos.
Tenenti explicou que, desde maio, com a escalada da tensão na fronteira entre o Líbano e Israel, a missão tornou-se um "posto de serviço não familiar".
“Muitas famílias partiram, embora algumas tenham permanecido em Beirute, onde a situação era mais calma. Agora, a nova medida também lhes diz respeito”, adiantou a porta-voz, acrescentando, no entanto, que se trata de uma “medida temporária”.
Segundo Tenenti, prevê-se que dure “pelo menos até ao final de agosto” e não pode ser descrita como “uma retirada, mas sim como uma realocação”, alegou.