Mais de 30 mortos nas últimas 24 horas em Gaza

por Lusa

Pelo menos 33 palestinianos morreram nas últimas 24 horas na Faixa de Gaza, segundo as autoridades de saúde locais, enquanto prossegue a campanha de vacinação no território contra a poliomielite, alcançando quase 160 mil crianças com a primeira dose.

O Exército israelita atacou hoje a escola Numa, na cidade de Gaza, no norte do enclave, provocando pelo menos dois mortos e trinta feridos, de acordo com as equipas de resgate.

"A Força Aérea israelita realizou um ataque direcionado contra terroristas do Hamas que operavam dentro de um centro de comando e controlo num complexo que anteriormente serviu como Colégio Numa", alegou, por seu lado, o Exército de Telavive em comunicado.

Israel argumenta que centros de deslocados como as escolas são também utilizados por militantes armados do grupo islamita Hamas.

A escola foi usada pelo Hamas "para dirigir e realizar ataques terroristas contra as tropas" israelitas, acrescentou o comunicado militar, que refere que "foram tomadas várias medidas para mitigar o risco de danos para os civis".

A par da ameaça da poliomielite e da devastação provocada pela guerra, as crianças enfrentam também um início de ano escolar atípico, informou na segunda-feira a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos, e mais de 600 mil não poderão frequentar a escola devido a deslocações forçadas e aos bombardeamentos.

O Exército israelita também continuou hoje a sua operação militar pelo sétimo dia consecutivo no norte da Cisjordânia ocupada, onde pelo menos 27 pessoas foram mortas, segundo o Ministério da Saúde palestiniano.

"Há 30 mortos e cerca de 130 feridos na Cisjordânia desde quarta-feira", informou um comunicado do Ministério da Saúde, que separa os acontecimentos que levaram à morte de três pessoas.

As 30 vítimas incluem três pessoas mortas na região de Hebron (sul), fora do alcance das operações em curso no norte, sendo uma das vítimas o alegado agressor de um ataque que causou a morte de três israelitas.

Em 28 de agosto, o Exército de Telavive lançou uma vasta operação descrita como antiterrorista em várias cidades do norte da Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967, onde os grupos armados palestinianos são particularmente ativos.

O conflito na Faixa de Gaza foi desencadeado por um ataque do Hamas em 07 de outubro no sul de Israel, onde deixou cerca de 1.200 mortos e levou acima de 200 reféns.

Em resposta, Israel lançou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 40 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, além de ter desestabilizado todo o Médio Oriente.

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