EUA ainda não reagiram aos mais recentes ataques
Israel confirma ataques "limitados, localizados e direcionados"
Telavive adianta ainda que as operações foram aprovadas e levadas a cabo em conformidade com a decisão política. A operação vai prosseguir de acordo com a avaliação da situação e em paralelo com o combate em gaza e noutras zonas, acrescenta.
Principal comandante morto no Líbano era funcionário suspenso de agência da ONU
A ligação de Fatah Sharif ao Hamas parecia destinada a aumentar a pressão sobre a UNRWA, que já enfrenta um défice de financiamento de 80 milhões de dólares este ano. Os críticos atacaram repetidamente a agência, dizendo que esta não estava a fazer o suficiente para erradicar os militantes do Hamas das suas fileiras.
O órgão de vigilância interno da ONU tem investigado a UNRWA desde que Israel acusou, em janeiro, 12 dos seus funcionários de estarem envolvidos no ataque de 07 de outubro a Israel, no qual militantes armados mataram 1.200 pessoas e raptaram cerca de 250 outras.
As alegações levaram mais de uma dúzia de países doadores a suspender o seu financiamento, causando uma crise inicial de fundos de cerca de 450 milhões de dólares. Desde então, todos os países doadores, exceto os Estados Unidos, decidiram retomar o financiamento da agência.
O Hamas disse que Sharif foi morto com a sua mulher, filho e filha num ataque aéreo no campo de refugiados de Al-Buss, um dos 12 dedicados a refugiados palestinianos no país, na cidade portuária de Tiro, no sul do país. Os militares israelitas confirmaram que o tinham como alvo.
Governo britânico fretou voo comercial para retirar cidadãos do Líbano
Os cidadãos britânicos e os seus cônjuges ou companheiros, e os filhos menores de 18 anos são elegíveis, sendo dada prioridade às pessoas vulneráveis.
O voo está programado para sair de Beirute na quarta-feira, avança a BBC. Os cidadãos britânicos terão, ainda assim, de pagar uma taxa de 350 libras por cada lugar.
Os cidadãos britânicos e dependentes poderão solicitar espaço no voo. Qualquer dependente não britânico que embarque no voo necessitará de um visto, concedido durante pelo menos seis meses, para entrar no Reino Unido.
Eventuais novos voos nos próximos dias vão depender da procura e da situação de segurança no terreno, indicou o Ministério britânico dos Negócios Estrangeiros.
Seis ataques em Beirute esta noite
Hezbollah diz ter disparado contra tropas israelitas perto da fronteira
Ataques israelitas fizeram 95 mortos no Líbano esta segunda-feira
Alemanha envia avião para evacuar pessoal "não essencial" da Embaixada
IDF apelam a contenção quanto a publicações de índole militar
Israel bombardeou sul de Beirute. Testemunho do enviado especial da RTP
França envia navio de guerra "por precaução"
Israel atinge alvos nos subúrbios do sul de Beirute
Israel emite alerta de evacuação para subúrbios de Beirute
As Forças de Defesa de Israel emitiram um alerta urgente para os residentes de três subúrbios do sul de Beirute evacuarem a área, devido a planos para atingir alvos do Hezbollah.
Guerra de Israel contra o Hamas dura há quase um ano
EUA. Israel é um país soberano "que vai tomar decisões por si mesmo"
O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, desvalorizou a ideia de que Israel não está a partilhar com o Pentágono os seus planos militares antes de os por em prática.
Israel prossegue ataques a alvos no Líbano
Reportados tiros de artilharia de Israel contra localidades libanesas na fronteira
Estas aldeias fazem face às localidades israelitas declaradas "zona militar encerrada" pelo exército israelita.
Hezbollah não pediu ajuda ao Irão
O deputado do grupo xiita, Hassan Fadlallah, afirmou à televisão al Jadeed que o Hezbollah não solicitou qualquer ajuda ao Irão "porque eles estão ao nosso lado".
Israel com operações "limitadas" em curso no Líbano, confirma Washington
Washington revelou que Israel tem estado "atualmente" a realizar operações terrestres "limitadas" no Líbano.
Israel declara três áreas a norte como "zonas militares"
As áreas em torno das comunidades de Metula, Misgav Am e Kfar Giladi, no norte de Israel, junto à fronteira com o Líbano, foram fechadas e declaradas zonas militares, alimentando especulações quanto à iminência da anunciada invasão terrestre do Líbano por parte de Israel.
Exército libanês posiciona-se no sul
Depois das ameaças de incursão terrestre israelita, o exército do Líbano anunciou que está a reposicionar as suas tropas no sul do país.
Israel destrói lançador de mísseis junto a aeroporto de Beirute
As autoridades militares israelitas lembraram que o sistema de defesa aérea do movimento xiita libanês Hezbollah está equipado com baterias de mísseis "escondidas nas infraestruturas civis", acrescentando que estes mísseis terra-ar representam "uma ameaça ao espaço aéreo internacional" e podem atingir qualquer avião no Líbano.
"Como parte da onda de ataques generalizados no Líbano, num ataque preciso da Força Aérea, aviões de combate atacaram uma infraestrutura de lançamento de mísseis terra-ar que estava localizada perto do Aeroporto Internacional de Beirute", informou o Exército israelita.
Na campanha militar que Israel está a levar a cabo contra o Hezbollah no Líbano, a Força Aérea israelita assegurou que também destruiu dezenas de quartéis-generais, armazéns e lançadores de mísseis ar-terra, em vários campos de tiro do Hezbollah.
O Exército israelita reconheceu que estes ataques permitem à sua Força Aérea realizar "centenas de missões" com aviões de combate em todo o território libanês para "eliminar as várias ameaças" representadas pela milícia islamita, que até sexta-feira era liderada por Hasan Nasrallah, assassinado num ataque israelita a Beirute.
Israel e Hezbollah estão envolvidos num intenso fogo cruzado diário desde 07 de outubro de 2023, após o ataque do Hamas em solo israelita que desencadeou a atual guerra na Faixa de Gaza, levando a que dezenas de milhares de pessoas tenham abandonado as suas casas em ambos os lados da fronteira israelo-libanesa.
O Hezbollah confirmou no sábado a morte do líder do movimento xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, horas depois de o exército israelita ter anunciado que o líder xiita pró-iraniano tinha morrido no bombardeamento da sede da organização na sexta-feira, nos subúrbios sul de Beirute.
Israel já tinha matado este mês o chefe das operações militares e das forças de elite, Ibrahim Aqil, num outro ataque em Beirute.
Os ataques de Israel contra o Hezbollah intensificaram-se de forma substancial nos últimos dias, após as autoridades militares de Telavive terem anunciado uma deslocação das operações da Faixa de Gaza para o norte do país.
O Hezbollah integra o chamado "Eixo da Resistência", uma coligação liderada pelo Irão de que fazem parte também, entre outros, o grupo extremista palestiniano Hamas e os rebeldes huthis do Iémen.
Capacetes azuis no Líbano interrompem patrulhas
"Os nossos soldados da paz da Unifil permanecem em posição na área de responsabilidade da missão, enquanto a intensidade dos combates impede os seus movimentos e a capacidade de cumprir as suas tarefas", disse Dujarric.
"Dada a intensidade da troca de `rockets`, não podem patrulhar", explicou o porta-voz, salientando que os capacetes azuis da ONU apenas podem observar a situação a partir do local onde estão estacionados.
Questionado sobre a possibilidade de uma retirada das forças de manutenção da paz no caso de uma nova escalada da situação, Dujarric recusou especulações, embora tenha admitido que há um "plano de contingência".
Com mais de 10.000 homens, a Unifil está estacionada no sul do Líbano desde 1978, para servir de tampão entre este país e Israel.
O seu papel foi reforçado desde o conflito de 33 dias entre o Hezbollah e Israel, no verão de 2006.
Esta força das Nações Unidas é responsável por monitorizar a implementação da Resolução 1701 do Conselho de Segurança, que estipula que apenas o Exército libanês e as forças de manutenção da paz podem ser destacados para o sul do Líbano.
Assim, esta força patrulha a região ao longo da Linha Azul, a zona de demarcação estabelecida pela ONU entre o Líbano e Israel.
Israel e Hezbollah estão envolvidos num intenso fogo cruzado diário desde 07 de outubro de 2023, após o ataque do Hamas em solo israelita que desencadeou a atual guerra na Faixa de Gaza, levando a que dezenas de milhares de pessoas tenham abandonado as suas casas em ambos os lados da fronteira israelo-libanesa.
Os ataques de Israel contra o Hezbollah intensificaram-se de forma substancial nos últimos dias, após as autoridades militares de Telavive terem anunciado uma deslocação das operações da Faixa de Gaza para o norte do país.
O Hezbollah integra o chamado "Eixo da Resistência", uma coligação liderada pelo Irão de que fazem parte também, entre outros, o grupo extremista palestiniano Hamas e os rebeldes huthis do Iémen.
O Hezbollah confirmou no sábado a morte do líder do movimento xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, horas depois de o exército israelita ter anunciado que o líder xiita pró-iraniano tinha morrido no bombardeamento da sede da organização na sexta-feira, nos subúrbios sul de Beirute.
Israel já tinha matado este mês o chefe das operações militares e das forças de elite, Ibrahim Aqil, num outro ataque em Beirute.
União Europeia considera vital evitar qualquer "intervenção militar" no Líbano
As palavras de Borrell vão no mesmo sentido das posições dos Estados Unidos e da França, que apelaram a Israel para não lançar uma incursão terrestre no Líbano.
"As armas devem ser silenciadas e a voz da diplomacia deve ser ouvida por todos. Os foguetes do Hezbollah devem parar e a soberania de Israel e do Líbano deve ser garantida", defendeu Borrell, que insistiu num cessar-fogo e na necessidade de evitar uma guerra total no Médio Oriente.
O gabinete do secretário-geral da ONU já veio dizer que António Guterres se opõe determinantemente a "toda e qualquer invasão terrestre" do Líbano. Israel anunciou que esta nova "fase" da guerra contra a milícia xiita libanesa estará para "muito breve". As Nações Unidas anunciaram entretanto que os Capacetes Azuis, estacionados no sul do Líbano para implementar o cessar-fogo israelo-libanês em vigor desde 2006, foram forçados a interromper as suas patrulhas na área.
"A Assembleia Geral das Nações Unidas deveria implementar rapidamente a autoridade para recomendar o uso da força, como fez com a resolução de 1950 Unidos para a Paz, caso o Conselho de Segurança não mostre a necessária determinação", afirmou Erdogan num conselho de ministros do seu gabinete, em Ancara.
Erdogan apelou igualmente os países muçulmanos a adotar medidas económicas, diplomáticas e políticas contra Israel, para pressionar Televive a aceitar um cessar-fogo. Se Israel não for detido, os seus ataques poderão atingi-los em breve, considerou ainda o presidente turco.
Israel avisou segunda-feira o Irão, patrocinador do "eixo de resistência" que inclui o Hezbollah no Líbano, o Hamas em Gaza e os Houthi no Iémen, que nenhum local no Médio Oriente está "para lá do seu alcance".
Joe Biden apela a cessar-fogo no Médio Oriente
Segundo responsáveis norte-americanos consultados pelo jornal, Israel prepara uma incursão no terreno no sul do Líbano, algo que decorre de discussões mantidas este fim de semana na Casa Branca entre os dois governos.
As fontes adiantaram que Israel parece ter reduzido significativamente o objetivo inicial dos planos de ataque e que se concentrará na destruição dos lançadores de foguetes, arsenais e outras infraestruturas militares do grupo xiita Hezbollah, que colocam em risco as comunidades do norte de Israel, e depois se retirarão.
Fontes israelitas, por seu lado, confirmaram ao The Washington Post a intenção do governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de que a incursão fosse "limitada".
"Os planos estão em linha com os norte-americanos. O entendimento é que não vamos ter outra Gaza", disse a mesma fonte.
Os jatos deveriam substituir os esquadrões que já lá estavam, mas, em vez disso, tanto os esquadrões existentes como os novos permanecerão no local para duplicar o poder aéreo disponível.
No domingo, o secretário da Defesa, Lloyd Austin, anunciou também que iria reforçar temporariamente o grupo de ataque do porta-aviões USS Abraham Lincoln e os seus esquadrões associados na região.
Síria pede na ONU fim da "agressão israelita"
O recém-nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros da Síria, Basam Sabagh, afirmou durante o seu discurso na 74.ª Assembleia Geral da ONU que "Israel tem de responder perante a justiça pelos seus crimes", a fim de evitar que todas as suas ações "fiquem impunes".
O governante sírio afirmou que as ações do "regime israelita e a sua extensa agressão contra países e pessoas estão a levar a região à beira do abismo".
Sabagh advertiu que a região está a caminhar para um "confronto perigoso cujas consequências podem ser catastróficas para a paz e a segurança na região".
O chefe da diplomacia síria salientou ainda que as ações de Israel contra Damasco "não podem ser separadas do papel destrutivo de alguns países ocidentais como os Estados Unidos".
Muitas destas coisas revelam a verdadeira natureza das políticas ocidentais, que entram em conflito com os princípios e objetivos que dão sentido à existência das Nações Unidas", sustentou.
Nas últimas semanas, as tropas israelitas bombardearam também partes da Síria, país que acolheu até agora cerca de 100.000 pessoas deslocadas do território libanês devido à última escalada de ataques israelitas.
Benjamin Netanyahu promete paz aos iranianos sem líderes religiosos
Foto: Stephani Spindel - EPA
"Os tiranos iranianos não se importam com o vosso futuro, mas vocês sim", afirmou, tentando capitalizar na resistência iraniana a diversas imposições religiosas.
"Quando o Irão for finalmente livre e esse momento irá chegar muito mais rapidamente do que as pessoas pensam, tudo será diferente", acrescentou, sem dar detalhes.
"Os nossos povos antigos, o povo judeu e o povo persa, ficarão finalmente em paz", prometeu o líder israelita.
As declarações de Netanyahu foram feitas horas depois de o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano assegurar que o seu país não tinha qualquer intenção de enviar combatentes para o Líbano e para Gaza, para enfrentar Israel.
"Os governos do Líbano e da Palestina têm capacidade e poder para enfrentar a agressão do regime sionista, e não há necessidade de enviar forças auxiliares ou voluntários iranianos", disse o porta-voz, Nasser Kanani, durante uma conferência de imprensa.
Ao início do dia, o Presidente iraniano, Massoud Pezeshkian, visitou a sede do Hezbollah em Teerão para prestar homenagem a Hassan Nasrallah, o líder do movimento xiita libanês eliminado nos últimos dias.
com Lusa
Ataques do Hezbollah vão levar Israel a invadir o território libanês, diz especialista
Foto: Amir Cohen - Reuters
O Major-General João Vieira Borges espera que não haja tantas vítimas civis se houver uma incursão terrestre já que o território tem especificidades diferentes da Faixa de Gaza.
Comissão Europeia anuncia ajuda humanitária adicional de 10 milhões de euros ao Líbano
Este financiamento de emergência eleva a ajuda humanitária europeia ao Líbano para 74 milhões de euros este ano, e visa responder às necessidades mais urgentes, como proteção, assistência alimentar, alojamento e cuidados de saúde da população, informou o executivo comunitário, num comunicado.
"À medida que as hostilidades aumentam rapidamente, a população do Líbano está a ser sujeita a violência extrema e civis inocentes estão a pagar o preço nos confrontos entre o Hezbollah e Israel", lamentou o comissário para a Gestão de Crises, Janez Lenarcic, citado pela agência espanhola EFE.
O político esloveno observou que com esta nova dotação de 10 milhões de euros a União Europeia (UE) pretende estabelecer "imediatamente uma tábua de salvação para as pessoas no Líbano, tanto nacionais como refugiados, afetadas pelo aumento das hostilidades".
"Neste momento, mais do que nunca, todas as partes devem respeitar o Direito Internacional Humanitário", apelou Lenarcic, numa mensagem na rede social X (antigo Twitter).
A UE está disposta a prestar mais apoio, mobilizando todos os instrumentos de resposta a emergências disponíveis, incluindo a utilização do Mecanismo de Proteção Civil, observou a Comissão Europeia, no mesmo comunicado.
O Líbano contabiliza neste momento cerca de um milhão de deslocados internos em apenas uma semana de intensos bombardeamentos israelitas contra os bastiões do grupo xiita libanês pró-iraniano Hezbollah, "a maior" vaga da história do pequeno país mediterrânico, afirmou hoje o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati.
Israel prossegue com a sua campanha aérea contra o sul do Líbano, o leste do Vale do Bekaa e os subúrbios do sul de Beirute, enquanto centenas de abrigos para deslocados atingiram a capacidade máxima, no meio de relatos de ajuda insuficiente às famílias em fuga.
De acordo com o mais recente relatório de situação publicado hoje pela presidência do Conselho de Ministros, 116.100 deslocados internos estão alojados em 777 centros e escolas autorizados pelas autoridades, dos quais mais de 500 atingiram a sua capacidade máxima.
A população do Líbano, incluindo os refugiados, já enfrentava elevados níveis de pobreza e insegurança alimentar e tinha um acesso limitado aos serviços, segundo realçou a nota informativa do executivo comunitário.
Estima-se que quase dois milhões de refugiados libaneses e sírios sofram de insegurança alimentar e teme-se que este número aumente ainda mais devido à escalada de violência.
Desde 2011, a UE atribuiu mais de 941 milhões de euros em ajuda humanitária para responder às necessidades urgentes da população, tanto libanesa como refugiada.
Israel e Hezbollah estão envolvidos num intenso fogo cruzado diário desde outubro de 2023, após o ataque do Hamas em solo israelita que desencadeou a atual guerra na Faixa de Gaza, levando a que dezenas de milhares de pessoas tenham abandonado as suas casas em ambos os lados da fronteira israelo-libanesa.
Os ataques de Israel contra o Hezbollah intensificaram-se de forma substancial nos últimos dias, após as autoridades militares de Telavive terem anunciado uma deslocação das operações da Faixa de Gaza para o norte do país.
100 mil pessoas fugiram do Líbano para a Síria
"Estima-se que 100 mil pessoas (libaneses e sírios) tenham atravessado o Líbano em direção à Síria desde o início do agravamento das hostilidades no Líbano. Estima-se que cerca de 60% sejam sírios e 40% libaneses", afirmou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
"O fluxo de saída continua. O ACNUR está presente em quatro pontos de passagem, juntamente com as autoridades locais e o Crescente Vermelho Sírio, para apoiar os recém-chegados", disse Filippo Grandi, das Nações Unidas, nas redes sociais.
De acordo com o ACNUR, entre os recém-chegados, destaca-se a presença de crianças pequenas, uma vez que "cerca de 60% dos que atravessaram a fronteira tinham menos de 18 anos de idade".
"O afluxo de retornados sírios e de refugiados libaneses que se verificou ao longo de sábado, na sequência das hostilidades no Líbano, prosseguiu no domingo, de forma mais visível no posto fronteiriço de Jdeidet Jabous", segundo o relatório da agência sobre a atual situação.
O documento acrescenta que se registaram "muitas emergências médicas, resultantes sobretudo da exaustão e da desidratação".
O ACNUR também afirmou que a isenção anunciada no domingo pelo governo sírio da taxa de 100 dólares norte-americanos exigida a cada sírio para entrar na Síria "trouxe alívio" a quem está em fuga.
O ACNUR está a aumentar a assistência aos recém-chegados, distribuindo artigos de emergência, alimentos e água, entre outros, aos que chegam aos postos fronteiriços.
Além disso, o ACNUR está a organizar o transporte de famílias "mais vulneráveis" (sírias e libanesas) da fronteira para os destinos finais na Síria.
No domingo, 2.500 pessoas receberam assistência para o transporte.
"Nas províncias de Homs, Hama, Tartous, Alepo e Damasco, os recém-chegados estão a ser acolhidos principalmente por familiares e comunidades. Algumas comunidades sírias locais estão também a oferecer alojamento e outras formas de assistência aos refugiados libaneses", afirmou o ACNUR.
No domingo, o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, afirmou que o Líbano já registou cerca de um milhão de deslocados internos em apenas uma semana de bombardeamentos israelitas contra os bastiões xiitas do Hezbollah (Partido de Deus).
Ataques aéreos israelitas perto de Beirute matam líder do Hamas no Líbano
Numa altura em que Israel intensifica as hostilidades contra os aliados do Irão na região, a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) declarou também que três dos seus dirigentes foram mortos num ataque que teve como alvo o bairro de Kola, em Beirute.
Testemunhas afirmaram à Reuters, que o ataque atingiu o andar superior de um prédio de apartamentos.
O ataque desta segunda-feira no bairro de Kola parece ter sido o primeiro ataque dentro dos limites da cidade de Beirute. Os sírios que vivem no sul do Líbano e que fugiram dos bombardeamentos israelitas estavam há dias a dormir debaixo de uma ponte no bairro, segundo os residentes da zona.
"Mohammad Abdel-Aal (...), chefe do departamento de segurança militar, Imad Odeh, membro do (...) comando militar no Líbano, e Abdelrahmane Abdel-Aal morreram mártires após um cobarde assassínio perpetrado por um avião sionista de ocupação em Kola", um bairro predominantemente sunita de Beirute, indicou a FPLP, logo após o ataque, num comunicado divulgado no portal oficial do movimento.
A FPLP, uma organização palestiniana de esquerda, descrita como terrorista por Israel e pela União Europeia, tem apoiado as operações do movimento xiita libanês Hezbollah contra o norte de Israel, desde outubro de 2023, em solidariedade com o grupo islamita palestiniano Hamas.
Uma fonte da segurança do Líbano disse que pelo menos quatro pessoas morreram hoje num ataque de um drone israelita, uma aeronave não tripulada, que visou um edifício residencial em Beirute.
Caso se confirme a autoria do ataque, trata-se da primeira incursão israelita no centro da capital libanesa desde o ataque do Hamas contra Israel, em 7 de outubro de 2023.
Segundo a fonte, citada pela agência de notícias francesa France–Presse, o apartamento alvo do ataque pertence à Jamaa Islamiya.
Formado em 1960, este grupo islamita libanês – um ramo da organização islâmica radical Irmandade Muçulmana no Líbano - tem também apoiado as operações do Hezbollah contra o norte de Israel.
A frequência crescente dos ataques de Israel contra a milícia Hezbollah no Líbano e a milícia Houthi no Iémen provocou receios de que os combates no Médio Oriente pudessem ficar fora de controlo e atrair o Irão e os Estados Unidos, os principais aliados de Israel.
O exército israelita anunciou esta segunda-feira que aviões de combate atingiram dezenas de alvos do Hezbollah na região de Bekaa, no leste do Líbano, durante a madrugada, incluindo “dezenas de lançadores e edifícios onde as armas estavam armazenadas”.
Israel "continuará a atacar à força, a danificar e a degradar as capacidades militares e as infraestruturas do Hezbollah", acrescentaram as forças armadas, sem mencionar o ataque contra o centro de Beirute.
Os drones israelitas planaram sobre Beirute durante grande parte do domingo, com os estrondos de novos ataques aéreos a ecoar pela capital libanesa. As famílias deslocadas passaram a noite em bancos na Baía de Zaitunay, uma zona com restaurantes e cafés na orla marítima de Beirute.
Israel prometeu manter o ataque e diz que quer tornar as áreas do norte do país novamente seguras para os residentes que foram forçados a fugir dos ataques com foguetes do Hezbollah.
No Líbano, as autoridades acrescentaram que pelo menos 105 pessoas tinham sido mortas por ataques aéreos israelitas no domingo.
Segundo o Ministério da Saúde do Líbano, mais de mil libaneses foram mortos e seis mil ficaram feridos nas últimas duas semanas, sem dizer quantos eram civis. O governo disse que um milhão de pessoas - um quinto da população - fugiu de suas casas.
A intensificação dos bombardeamentos israelitas ao longo de duas semanas matou uma série de altos responsáveis do Hezbollah, incluindo o seu líder, Sayyed Hassan Nasrallah.
No domingo, Israel lançou também ataques aéreos contra a milícia Houth no Iémen.
Exército israelita dá sinais de uma possível invasão do Líbano
Reuters
O vice-líder do movimento pró-iraniano Hezbollah prometeu resistir aos ataques israelitas.
Naim Qassem diz que o grupo está pronto para enfrentar o "inimigo", se este entrar no país "por terra".