O Irão advertiu, através de canais diplomáticos, que está a preparar uma resposta militar contra Israel com armas "mais poderosas", numa retaliação ao ataque israelita a instalações militares iranianas, avançou o The Wall Street Journal.
A notícia, publicada no domingo, cita informações de um funcionário egípcio.
O ataque aéreo de Israel contra o Irão, a 26 de outubro, matou cinco pessoas e abalou as defesas aéreas estratégicas iranianas, deixando o país fortemente exposto, afirmou o jornal norte-americano.
Até agora, Israel tem evitado atacar as instalações petrolíferas e nucleares do Irão, essenciais para a economia e segurança do país, mas isso pode mudar, indicaram autoridades israelitas.
"Um funcionário egípcio disse que o Irão avisou, em privado, para uma resposta forte e complexa. Os nossos militares perderam pessoas, por isso têm de responder", disse um funcionário iraniano, que não foi identificado pelo diário.
Acrescentou ainda que Teerão pode utilizar o território iraquiano como parte da operação e que provavelmente atacaria instalações militares israelitas "de forma muito mais agressiva do que da última vez".
O Irão não tenciona limitar a resposta a mísseis e `drones`, como aconteceu nos dois ataques anteriores, e quaisquer mísseis utilizados poderão ter ogivas mais potentes, afirmaram autoridades iranianas e árabes.
As eleições presidenciais norte-americanas, que se realizam terça-feira, são um fator a ter em conta na resposta do Irão, notou o funcionário iraniano, uma vez que o país não quer influenciar os resultados eleitorais com o ataque.
O responsável acrescentou que a resposta vai ser dada após a votação, mas antes da tomada de posse de um novo líder dos EUA, em janeiro de 2025.
O Presidente iraniano, Masud Pezeshkian, condicionou no domingo "a intensidade e o tipo" de uma eventual resposta aos recentes ataques de Israel contra instalações militares iranianas a um cessar-fogo em Gaza e no Líbano.
"Se eles [Israel] reconsiderarem o seu comportamento, aceitarem um cessar-fogo e pararem de massacrar as pessoas oprimidas e inocentes da região, isso poderá afetar a intensidade e o tipo da nossa resposta", disse Pezeshkian, de acordo com a agência de notícias iraniana IRNA.