Huthis do Iémen dizem ter dirigido ataque em direção ao Mediterrâneo

por Lusa

Os rebeldes Huthis do Iémen, apoiados pelo Irão, asseguraram hoje terem efetuado durante esta semana um ataque no Mediterrâneo, a eventual primeira ação do movimento xiita neste mar, indicou o seu líder Abdul-Malik al-Houthi.

"Durante esta semana foram efetuadas oito operações com 15 mísseis e drones, dirigidas ao mar Vermelho, golfo de Aden e mar Arábico, e um em direção ao Mediterrâneo", disse Al-Houthi num discurso transmitido pela televisão, sem fornecer mais detalhes ou especificar o objetivo do ataque no Mediterrâneo.  

Desde 19 de novembro que os Huthis lançam ataques em direção ao mar Vermelho, em apoio aos palestinianos da Faixa de Gaza e para infligir danos económicos a Israel, provocando graves perturbações no comércio marítimo mundial e que justificou uma intervenção militar no Iémen pelos Estados Unidos e Reino Unido.

Os Huthis anunciaram recentemente uma extensão das suas operações no oceano Índico e asseguraram que vão atacar qualquer navio israelita que se dirija a um porto de Israel ou possua alguma ligação com o Estado judaico.

Segundo o líder dos Huthis, os rebeldes atacaram um total de 119 embarcações "associadas aos inimigos israelitas, norte-americanos e britânicos" desde o início do atual conflito na Faixa de Gaza, que se aproxima do oitavo mês.

O líder do movimento xiita, que controla parte substancial do Iémen, incluindo a capital Sana, indicou que continuam a desenvolver "com êxito" o seu arsenal de mísseis, apesar dos bombardeamentos norte-americanos e britânicos contra as suas posições.

Esta semana, fontes do Pentágono admitiram a diversos `media` norte-americanos sob anonimato que os Huthis possuem armas avançadas "que poderiam alcançar o Mediterrâneo", situação que está a suscitar preocupação em diversas capitais ocidentais.

Por sua vez, Al-Houthi qualificou de "passo politicamente significativo" a decisão da Espanha, Irlanda e Noruega de reconhecer o Estado palestiniano, apesar de lamentar que estes países não reconheçam o direito dos palestinianos "a toda a Palestina". 

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