Hezbollah reivindica ataques contra base militar no norte de Israel

por Lusa

O grupo xiita libanês Hezbollah reivindicou hoje ataques com foguetes `Katyusha` contra uma base militar no norte de Israel, em resposta a bombardeamentos israelitas no interior do Líbano, no quadro das hostilidades fronteiriças entre as duas partes.

"Os combatentes da resistência islâmica bombardearam, com dois ataques sucessivos, o quartel-general da 210.ª Divisão de Golã, no quartel de Nafah, com dezenas de foguetes `Katyusha`", afirmou em comunicado o movimento aliado do Irão.

A formação armada libanesa indicou que esta ação foi realizada em apoio aos palestinianos na Faixa de Gaza e "em resposta ao ataque do inimigo israelita contra a região de Bekaa", no leste do Líbano, onde Israel intensificou as suas ações nas últimas semanas.

Durante o dia de hoje, o Hezbollah assumiu a responsabilidade por outros três ataques contra posições militares no norte de Israel, enquanto as forças de Telavive também bombardearam várias áreas, sobretudo no sul do Líbano, informou a Agência Nacional de Notícias, órgão oficial de Beirute.

Dois combatentes do Hezbollah ficaram feridos, segundo uma fonte próxima do movimento xiita, citada pela agência France Presse (AFP).

O grupo libanês já tinha anunciado pela manhã que tinha alvejado a região dos Montes Golã com vários `drones` contra uma posição militar israelita.

Desde o início da guerra na Faixa de Gaza entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, em 07 de outubro, o Hezbollah tem trocado tiros regularmente com o Exército israelita, em apoio ao seu aliado da Palestina.

Anteriormente, a Agência Nacional de Notícias relatou "dois civis mortos num ataque israelita que teve como alvo uma casa na aldeia de Houla", perto da fronteira com Israel.

Desde sexta-feira, o Exército israelita tem realizado bombardeamentos em aldeias no sul do Líbano, onde quatro pessoas foram mortas: uma mulher, um socorrista afiliado ao Hezbollah e dois combatentes do grupo xiita.

O Hezbollah, por sua vez, assumiu no sábado a responsabilidade por uma série de ataques contra posições militares de Israel e anunciou que tinha "abatido um `drone` israelita Hermes 900".

O Exército de Telavive confirmou que um míssil terra-ar abateu um dos seus `drones` "que operava no espaço aéreo libanês".

As forças israelitas indicaram que realizaram ataques retaliatórios durante a noite de sábado para hoje contra "um complexo militar" do Hezbollah perto de Baalbeck, um reduto do grupo xiita perto da fronteira com a Síria, no leste do país.

Quase oito meses de violência na fronteira deixaram pelo menos 451 mortos no Líbano, na maioria combatentes e mais de 80 civis, segundo uma contabilidade da AFP.

Do lado israelita, pelo menos 14 soldados e 11 civis foram mortos nestes confrontos, segundo as autoridades.

Os confrontos entre as partes, iniciados em outubro passado no contexto da guerra na Faixa de Gaza, são os mais graves desde o conflito que travaram em 2006.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque do Hamas em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e deixou duas centenas de reféns na posse do grupo palestiniano, segundo Telavive.

A ofensiva israelita que se seguiu na Faixa de Gaza provocou mais de 36 mil mortos, de acordo com as autoridades de saúde do governo do Hamas, que controla o enclave palestiniano desde 2007.

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