Hezbollah diz ter disparado mísseis contra base aérea no centro de Israel

por Lusa

O Hezbollah reivindicou hoje ter lançado uma "salva de mísseis" contra uma base aérea israelita a sul de Telavive, mais de um mês após a eclosão de uma guerra aberta entre o movimento pró-iraniano e Israel.

Num comunicado, o Hezbollah afirmou ter "alvejado a base aérea de Tel Nof, ao sul de Telavive [...] com uma salva de mísseis".

Por seu lado, as Forças de Defesa de Israel (FDI) informaram que durante a tarde aproximadamente 60 projéteis "disparados pela organização terrorista Hezbollah penetraram do Líbano em Israel", sem adiantar informações sobre danos ou vítimas.

"As IDF continuarão a defender o Estado de Israel e o seu povo contra a ameaça representada pela organização terrorista Hezbollah", referiram em comunicado.

Entretanto, as autoridades de saúde libanesas informaram hoje que, nas últimas 24 horas, os ataques das FDI causaram pelo menos 15 mortos e 69 feridos, principalmente no sul do Líbano.

Em particular, seis pessoas morreram e 45 outras ficaram feridas nesta zona, enquanto na província de Nebatié foram confirmados cinco mortos e 21 feridos. No Monte Líbano há registo de uma morte e três feridos, e na província de Beca de mais três feridos, segundo a mesma fonte.

O Ministério da Saúde Pública libanês elevou para 1.117 o número de mortos e 13.888 o de feridos dos ataques israelitas no país, especialmente no sul, contra as estruturas do Hezbollah, partido da milícia xiita, em resposta a ataques anteriores e ao seu apoio à causa palestiniana.

Entre o número total de vítimas mortais, as autoridades libanesas indicaram que 2.242 são homens, 617 são mulheres e 192 são menores. Entre os feridos, 10.831 são homens, 2.527 são mulheres e 1.260 são crianças.

Cerca de 180 profissionais de saúde também foram mortos e mais de 300 ficaram feridos.

O exército israelita desencadeou uma nova invasão do Líbano a 01 de outubro, após semanas de pesados bombardeamentos e ataques contra o país, incluindo a explosão coordenada de milhares de aparelhos de comunicação, na sequência de mais de 11 meses de combates com o Hezbollah na zona fronteiriça.

O recrudescimento das hostilidades insere-se nos combates iniciados há mais de um ano, depois de o Hezbollah ter atacado o território israelita um dia após os ataques do Hamas, a 07 de outubro de 2023, que levaram Israel a desencadear uma ofensiva na Faixa de Gaza, onde já morreram mais de 43.400 pessoas.

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