Hamas devolve mais um corpo de presumível refém

O grupo islamita palestiniano Hamas entregou hoje à Cruz Vermelha o corpo de um presumível refém na Faixa de Gaza, indicou o exército israelita.

Lusa /

"Segundo informações prestadas pela Cruz Vermelha, a urna com um refém falecido foi entregue à sua guarda e está a caminho das tropas das Forças de Defesa de Israel em Gaza", afirmaram os militares israelitas na rede social X.

Caso os exames forenses a realizar em Israel confirmem que se trata de um dos reféns mantidos no território palestiniano, restarão ainda sete corpos por devolver, ao abrigo do cessar-fogo em vigor desde 10 de outubro.

"O Hamas é obrigado a cumprir o acordo e a tomar as medidas necessárias para devolver todos os corpos de reféns falecidos", declarou o exército israelita na mesma mensagem na rede X.

No âmbito do entendimento, foram restituídos 20 reféns vivos e 20 mortos até à entrega de hoje, em troca de quase dois mil prisioneiros palestinianos e 270 corpos que estavam em posse de Israel.

A trégua foi ameaçada há uma semana, quando o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ordenou o bombardeamento do enclave palestiniano, no seguimento de dois incidentes com o Hamas.

No mesmo dia, Israel acusou o Hamas de abater um militar israelita no sul da Faixa de Gaza, alegação refutada pelo grupo palestiniano, e de entregar restos mortais supostamente de um dos reféns ainda por devolver, mas cujos exames revelaram que pertenciam a um outro já recuperado e sepultado há quase dois anos.

A primeira fase do acordo, impulsionado pelos Estados Unidos com a mediação do Egito, Qatar e Turquia, inclui também a retirada parcial das forças israelitas do enclave e o acesso de ajuda humanitária ao território.

A etapa seguinte, ainda por acordar, prevê a continuação da retirada israelita, o desarmamento do Hamas, bem como a reconstrução e a futura governação do enclave.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada pelos ataques liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, nos quais morreram cerca de 1.200 pessoas e 251 foram feitas reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma operação militar em grande escala na Faixa de Gaza, que provocou mais de 68 mil mortos, segundo as autoridades locais, a destruição de quase todas as infraestruturas do território e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.

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