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Guerra no Médio Oriente. A escalada do conflito ao minuto

Guerra no Médio Oriente. A escalada do conflito ao minuto

por Cristina Sambado, Carlos Santos Neves - RTP

Israel mantém intensos bombardeamentos sobre o Líbano. Um desses ataques atingiu, na última noite, os arredores da capital do país, bastião do Hezbollah. Acompanhamos aqui, ao minuto, o evoluir da situação.

Emissão da RTP3


Wael Hamzeh - EPA

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Momento-Chave
por José Pedro Tavares - Antena 1

Turquia teme vaga de imigração vinda do Médio Oriente

Reuters

A Turquia veio revelar estar preocupada com a possível vaga de imigração como consequência do conflito entre Israel e Líbano.

O presidente turco, conhecido por ser muito crítico do regime israelita, acusa Israel de estar a desafiar a humanidade com uma "política de genocídio".

Recep Tayyip Erdogan afirma mesmo que a operação israelita no Líbano é uma invasão ilegal, como conta o correspondente da Antena 1 em Ancara, José Pedro Tavares.

Como muitos outros países, também a Turquia está a fazer esforços para coordenar a retirada de cidadãos do Líbano.
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Momento-Chave
por RTP

Hezbollah reivindica sete ataques distintos contra as forças israelitas

O Hezbollah libanês afirma que os seus combatentes atingiram soldados israelitas “com uma salva de foguetes” perto do colonato de Adamit e com dois mísseis Burkan nas imediações do local militar de Raheb, ambos no norte de Israel.

Pouco antes destes dois ataques, o Hezbollah afirmou ter atingido tropas israelitas numa zona entre Shtula e Raheb. O quarto ataque do dia ocorreu “com projéteis de artilharia” disparados contra o Portão de Fátima, um antigo posto fronteiriço entre o Líbano e Israel, onde o Hezbollah afirmou que os soldados israelitas estavam a tentar avançar.

Cerca das 9h00, houve outra salva de foguetes do Hezbollah, desta vez visando as forças israelitas na colónia de Yarin, na Alta Galileia.

Pouco antes deste ataque, o Hezbollah afirmou ter atingido soldados israelitas no colonato de Misgav Am com um míssil e bombardeou outro grupo de forças israelitas na base militar de Hanita.
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Momento-Chave
por RTP

Rocket libanês disparado contra Tibériades

O Hezbollah libanês afirma ter disparado rockets contra Tiberíades, uma cidade no norte de Israel.

O movimento pró-iraniano afirmou ter disparado “uma salva de rockets contra Tiberíades” em resposta aos bombardeamentos israelitas “contra cidades, aldeias e civis libaneses”.
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Momento-Chave
por RTP

Ataque israelita no centro de Beirute matou sete profissionais de saúde

Um ataque israelita em Beirute, capital do Líbano, matou sete profissionais de saúde e de salvamento, segundo uma organização médica.

O ataque aéreo no bairro residencial de Bashoura teve como alvo um apartamento num edifício de vários andares que alberga um gabinete da Sociedade de Saúde, um grupo de socorristas civis. Foi o ataque mais próximo até à data do centro da cidade de Beirute, onde se situam as Nações Unidas e os gabinetes governamentais.

Foi o segundo ataque a atingir diretamente a Sociedade de Saúde em 24 horas. Nenhum aviso israelita foi emitido para a zona antes de esta ser atingida. O exército israelita não fez qualquer comentário imediato.
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Momento-Chave
por RTP

Dois jornalistas belgas feridos durante ataque israelita a Beirute

Dois jornalistas do canal de televisão belga VTM ficaram feridos na noite de quarta-feira em Beirute, quando cobriam um ataque aéreo ao centro da capital libanesa, em pleno conflito entre Israel e o Hezbollah, anunciaram os seus editores.

O repórter de guerra Robin Ramaekers, que sofreu “fraturas faciais”, e o operador de câmara Stijn De Smet, que ficou ferido numa perna, foram ambos levados para o hospital.

Uma porta-voz do grupo DPG Media, que detém o VTM e o jornal flamengo Het Laatste Nieuws, disse à AFP que os seus editores tinham conseguido falar com eles por telefone e que as suas vidas não corriam perigo.

As circunstâncias exatas do incidente são ainda desconhecidas.

A DPG Media explicou que os dois jornalistas ficaram feridos “quando tentavam fazer uma reportagem” sobre um bombardeamento que atingiu o centro da cidade de Beirute durante a noite.

O Ministério belga dos Negócios Estrangeiros afirmou estar a acompanhar de perto a situação dos seus dois cidadãos feridos.

Há atualmente cerca de 1800 belgas no Líbano e as autoridades consulares estão prontas a ajudar a repatriar por avião as “poucas centenas” que manifestaram o desejo de deixar o país, sublinhou ainda a diplomacia belga.
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por RTP

Consultor dos Guardas Revolucionários do Irão morre de ferimentos em ataque israelita a Damasco

Um consultor que trabalhava para a Guarda Revolucionária do Irão morreu devido a ferimentos sofridos num ataque aéreo israelita à capital síria, Damasco, na segunda-feira, informou a Student News Network do Irão esta quinta-feira.

A rede identificou o consultor como Majid Divani, sem dar mais pormenores.
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por RTP

Israel revela que, há três meses, matou três altos dirigentes do Hamas em Gaza com um ataque aéreo

As forças armadas israelitas anunciaram que, num ataque realizado “há cerca de três meses”, pensam ter morto três altos dirigentes do Hamas.

O comunicado cita os nomes de “Rawhi Mushtaha, chefe do governo do Hamas na Faixa de Gaza; Sameh al-Siraj, que ocupava a pasta da segurança no gabinete político do Hamas e no comité de trabalho do Hamas; e Sami Oudeh, comandante do mecanismo geral de segurança do Hamas”.

Na declaração, Israel afirma que “o Hamas não anunciou as suas mortes, como tinha feito na sequência de eliminações anteriores, a fim de evitar a perda de moral e o funcionamento dos seus agentes terroristas”.

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por RTP

União Europeia concede nova ajuda no valor de 30 milhões de euros ao Líbano

A União Europeia anunciou esta quinta-feira que ia conceder mais 30 milhões de euros de ajuda humanitária ao Líbano, para financiar, em especial, a ajuda alimentar de emergência, elevando o seu apoio para mais de 100 milhões de euros até 2024.

“Estou extremamente preocupado com a constante escalada das tensões no Médio Oriente. Todas as partes (no conflito) devem fazer tudo o que estiver ao seu alcance para proteger a vida de civis inocentes”, afirmou a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, citada num comunicado de imprensa.

Esta nova verba deverá permitir financiar ajuda alimentar de emergência, medicamentos e abrigos improvisados, acrescentou.

Segundo a Comissão Europeia, cerca de dois milhões de refugiados libaneses e sírios estão a sofrer de escassez de alimentos no país.
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por RTP

Exército israelita acusa Hezbollah de contrabando de armas da Síria

O porta-voz do exército israelita, Avichay Adraee, acusou esta quinta-feira o grupo libanês Hezbollah, apoiado pelo Irão, de contrabandear armas da Síria através do posto fronteiriço de Masnaab.
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por Antena 1

"Líbano deixou de ser um lugar seguro"

Reuters

Com o intensificar dos ataques de Israel, “o Líbano deixou de ser um lugar seguro”, refere o especialista em ciência política e consultor da NATO Manuel Poêjo Torres.

O especialista realça que a tática do Hezbollah é usar os civis como escudo diante dos ataques israelitas.
Poêjo Torres acredita que Israel vai tentar cortar os canais que, nesta altura, garantem o abastecimento da linha da frente do movimento xiita pró-iraniano.
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por RTP

Hezbollah repeliu ataque israelita na fronteira sul do Líbano

O Hezbollah libanês afirmou ter enfrentado esta quinta-feira uma tentativa de avanço das forças israelitas na rotunda fronteiriça de Fatima Gate, de acordo com um comunicado publicado pelo grupo militante.
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por RTP

Ataques israelitas obrigaram a deslocar mais de 1,2 milhões de pessoas no Líbano

Nasser Yassin, ministro interino do Ambiente do Líbano, declarou que o número de pessoas deslocadas no Líbano ultrapassou 1,2 milhões.

“Estamos a correr contra o tempo para as alojar e existem atualmente mais de 870 abrigos, especialmente em Beirute e no Monte Líbano, onde as escolas atingiram a sua capacidade máxima”, afirmou segundo a Em citações veiculadas pela Agência Nacional de Notícias do Líbano.

Sobre eventual pausa no conflito, Nasser Yassin considera que, “há algumas ideias que poderiam constituir um ponto de entrada para apoiar a via diplomática no que se refere ao pedido de cessar-fogo do Líbano e para pôr termo à máquina de destruição e de morte a que está a ser sujeito”.

“Existem iniciativas árabes, incluindo as apresentadas pelo Egito, Catar e outros países, e a França apela sempre a um cessar-fogo, mas é evidente que o lado israelita não se preocupa com as leis e resoluções internacionais”, acrescentou.

Segundo o governante, “estamos a ativar o trabalho diplomático libanês no país e no estrangeiro para aumentar a sensibilização para o que está a acontecer no Líbano e concentrar-nos na forma de proteger o país e o povo”.
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por RTP

Sirenes de rockets no norte de Israel perto da fronteira com o Líbano

Sirenes de foguetes voltaram a tocar perto da fronteira com o Líbano, em comunidades que incluem a cidade de Safed, no norte do país

As sirenes estão a soar novamente em comunidades perto da fronteiro norte com o Líbano, alertando para a chegada de foguetes.

Os últimos alertas soaram em cidades e vilas como Safed, Kadita, Biriyeh e Dalton.
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por Lusa

Irão retomou ligações aéreas civis

A Autoridade da Aviação Civil do Irão anunciou hoje a reabertura dos aeroportos do país e o reinício das ligações aéreas suspensas desde terça-feira, na sequência do ataque com mísseis contra Israel.

"Os voos nos aeroportos do país voltaram ao normal", declarou o porta-voz da Autoridade da Aviação Civil, Jafar Yazerlu, citado pela agência noticiosa Tasnim.

O porta-voz insistiu que "as condições de segurança dos voos foram asseguradas" e que as ligações aéreas foram retomadas hoje de manhã.

O Irão suspendeu todos os voos na noite de terça-feira até às 10:00 (06:30 em Lisboa) de quarta-feira, uma medida que foi depois prolongada até às 05:00 (01:30 em Lisboa).

O Irão esperava que Israel retaliasse o ataque de 200 mísseis balísticos e que foi declarado por Teerão como "resposta aos assassinatos do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, do chefe do Hezbollah, Hassan Nasrala, e de um general iraniano".

Na sequência do ataque, Israel afirmou que vai retaliar, ao que o Irão afirmou que vai ripostar "com mais força".

O presidente iraniano Masoud Pezeshkian disse quarta-feira em Doha, onde participa no Fórum de Diálogo para a Cooperação Asiática, que o Irão não quer "nem guerra nem derramamento de sangue".

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por RTP

Reino Unido freta voos para apoiar os seus cidadãos que desejam deixar o Líbano

O governo britânico fretou um número limitado de voos para apoiar os seus cidadãos a deixar o Líbano, disse na quinta-feira, repetindo o seu conselho para que deixem o país imediatamente.

Mais de 150 cidadãos britânicos e dependentes deixaram Beirute num voo fretado pelo governo na quarta-feira, segundo as declarações.

“Para responder à procura do voo fretado na quarta-feira, voos adicionais partirão do Aeroporto Internacional de Beirute-Rafic Hariri a partir de quinta-feira. Os voos manter-se-ão enquanto a situação de segurança o permitir”, acrescentou.
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por Rosa Azevedo - Antena 1

"Constante ansiedade". Portuguesa no Líbano diz ser tempo de sair

Amr Abdallah Dalsh - Reuters

Uma portuguesa a viver no Líbano decidiu abandonar o país por causa do cenário de guerra no Médio Oriente

Andreia Monteiro depara-se com bombardeamentos constantes e pessoas a dormir na rua depois da fuga de regiões atacadas. O clima é de grande ansiedade.

Não quis embarcar no primeiro voo de repatriamento que o Governo português disponibilizou, no sábado passado. Mas agora, perante os sucessivos ataques de Israel, esta portuguesa mudou de ideias.

A vida no Líbano tornou-se insustentável, confessa a portuguesa à jornalista Rosa Azevedo. E diz estar à espera de um voo de saída do país.

Na quarta-feira, o ministro da Defesa, Nuno Melo, admitiu que pode vir a ser necessário realizar novas operações de repatriamento de imigrantes portugueses que estão a viver no Líbano.
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por RTP

Militares israelitas mataram 15 membros do Hezbollah no sul do Líbano

Os militares israelitas disseram na quinta-feira que mataram cerca de 15 membros do Hezbollah depois de atacarem o edifício do município de Bint Jbeil, no sul do Líbano, onde, segundo eles, operavam combatentes do grupo apoiado pelo Irão.
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por RTP

Emir do Catar acusa Israel de "genocídio coletivo" na região

O Emir do Catar criticou duramente Israel, afirmando que este país está a levar a cabo um “genocídio coletivo” nos países vizinhos.

O xeque Tamim bin Hamad Al-Thani apelou a esforços sérios de cessar-fogo para pôr termo ao que descreveu como a “agressão” de Israel contra o Líbano e afirmou que não é possível haver paz na região sem a formação de um Estado palestiniano.

Tamim bin Hamad Al-Thani acrescentou que já tinha avisado que Israel tinha agido com impunidade e que era evidente que o que estava a acontecer na região era um “genocídio coletivo” com o objetivo de tornar Gaza um lugar inabitável.
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por Lusa

Hamas perde apoio, mas continua a ser fação preferida dos palestinianos

Um ano depois do ataque do Hamas a Israel, que desencadeou a ofensiva israelita na Faixa de Gaza, o movimento islamita perdeu apoio dos palestinianos, mas continua a ser a fação preferida, mostrou um inquérito recente.

"Pela primeira vez desde 07 de outubro de 2023, simultaneamente na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, os resultados mostram uma queda significativa no apoio ao ataque de 07 de outubro e nas expectativas de que o Hamas vencerá a guerra atual, e uma queda moderada no apoio ao Hamas", revela um estudo de opinião realizado entre 03 e 07 de setembro nas duas regiões palestinianas pelo Centro Palestiniano de Investigação sobre Política e Inquérito (PSR, na sigla em inglês).

O estudo implicou entrevistas a 1.200 pessoas -- 790 na Cisjordânia e 410 na Faixa de Gaza.

Um ano depois da ofensiva do Hamas, a aprovação diminuiu e é agora uma minoria na Faixa de Gaza: a percentagem de palestinianos que considera que a ação foi "correta" desceu 18 pontos desde dezembro passado, para 54%, mas em Gaza apenas 39% concordam com a ofensiva do Hamas.

Os autores do estudo advertem que "o apoio a este ataque não significa necessariamente apoio ao Hamas e não significa apoio a quaisquer matanças ou atrocidades cometidas contra civis".

Na verdade, lê-se no estudo, parece decorrer do facto de mais de dois terços dos palestinianos acreditarem que a ação do Hamas colocou o tema palestiniano "no centro da atenção" e "eliminou anos de negligência a nível regional e internacional".

Questionados sobre o papel de vários atores durante a guerra, a satisfação com a atuação do Hamas diminuiu, de forma global, de 75% para 61%, desde julho, mas a queda em Gaza foi maior: menos 25 pontos percentuais, para 39%. O grau de aprovação do Hamas na Cisjordânia é muito superior -- atualmente 75%, era 82% em julho.

Comparando com um inquérito realizado em julho, são agora menos os que acreditam numa vitória do Hamas: metade dos interrogados, enquanto há três meses eram mais de dois terços (67%). A queda é ainda maior em Gaza - menos 20 pontos, de 48% para 28%.

Os resultados mostram uma queda na Faixa de Gaza da preferência pela continuação do controlo do Hamas no "dia seguinte" à guerra, enquanto cresce o apoio pelo controlo da Autoridade Palestiniana.

Uma maioria de 57% afirma que o enclave palestiniano permanecerá sob o controlo do Hamas (no poder desde 2007), mas a percentagem desce para 37% na Faixa de Gaza (menos nove pontos que em julho).

Apesar destas quebras, o Hamas continua a reunir o maior apoio, em comparação com todas as outras fações palestinianas: 36% para o Hamas (era 40% em julho) e 21% para a Fatah (menos um ponto).

Na madrugada de 07 de outubro de 2023, militantes liderados pelo Hamas mataram cerca de 1.200 pessoas e fizeram cerca de 250 reféns. Cerca de 100 ainda estão em cativeiro em Gaza, um terço dos quais se acredita estar morto.

A ofensiva de retaliação de Israel matou mais de 41 mil palestinianos, segundo as autoridades de saúde locais, arrasou vastas áreas em Gaza e desalojou a grande maioria dos seus 2,3 milhões de habitantes.

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por Lusa

Conflito é oportunidade para Líbano se libertar do Irão, considera jornalista Anne Applebaum

O atual conflito no Médio Oriente pode representar uma oportunidade para "o Líbano se libertar da influência da teocracia iraniana", afirmou à Lusa a jornalista e historiadora norte-americana Anne Applebaum.

Apesar das perturbações que o conflito tem causado, Applebaum tem esperança "que [o conflito] possa ser o início da mudança" no país, disse Applebaum em entrevista à Lusa.

Apesar de ser um país soberano, o poder militar no Líbano está concentrado no movimento pró-iraniano Hezbollah, considerado terrorista por Estados Unidos e União Europeia, e que rejeita a existência do Estado de Israel, que designa de "entidade sionista".

A jornalista e historiadora reiterou que o conflito na região tem contribuído para o enfraquecimento contínuo do Hezbollah, dando agora aos libaneses a oportunidade de "recuperar o controlo do seu país"

Autora do novo livro "Autocracia, Inc. - Os ditadores que querem governar o mundo", Anne Applebaum é historiadora e jornalista norte-americana, vencedora do Prémio Pulitzer em 2004.

Applebaum é ainda redatora da equipa do The Atlantic e membro sénior do Agora Institute da Universidade Johns Hopkins, onde co-dirige um projeto sobre a desinformação do século XXI.

A intensificação das hostilidades no Médio Oriente surge à luz dos combates que se arrastam há quase um ano, quando o Hezbollah atacou o território israelita um dia após os ataques de 07 de outubro dos islamitas palestinianos do Hamas.

Desde então, Israel e Hezbollah estão envolvidos num intenso fogo cruzado diário, levando a que dezenas de milhares de pessoas tenham abandonado as suas casas em ambos os lados da fronteira israelo-libanesa.

Israel declarou a 07 de outubro do ano passado uma guerra na Faixa de Gaza para "erradicar" o Hamas, horas depois de este ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando 1.205 pessoas, na maioria civis, incluindo reféns em cativeiro.

Desde 2007 no poder em Gaza, o Hamas fez também nesse dia 251 reféns, 97 dos quais continuam em cativeiro, 33 dos quais entretanto declarados mortos pelo Exército israelita.

Para Applebaum, a perda da influência do Irão no Líbano e o regresso deste país "à prosperidade e o afastamento do terrorismo seria uma grande mudança no Médio Oriente".

No entanto, a jornalista americana advertiu contra as acções disruptivas de Israel no Líbano, que podem apresentar-se como uma ameaça à sua estabilidade.

"Espero que os israelitas não voltem a abusar da sua influência e a perturbar ainda mais o Líbano e a criar outra reação adversa", acrescentou.

O Hezbollah integra o chamado "Eixo da Resistência", uma coligação liderada pelo Irão de que fazem parte também, entre outros, o grupo extremista palestiniano Hamas e os rebeldes Huthis do Iémen.

O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, morreu no mês passado num bombardeamento israelita da sede da organização, nos subúrbios sul de Beirute.

A morte do líder do movimento xiita libanês Hezbollah aconteceu após a morte do chefe das operações militares e das forças de elite, Ibrahim Aqil, num outro ataque em Beirute.

O Governo do Irão lançou, na noite de terça-feira, cerca de 200 mísseis contra Israel, em retaliação por estas mortes e também da do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, e de um general iraniano.

As Forças de Defesa de Israel disseram que a maioria dos mísseis foi intercetada com o apoio dos Estados Unidos e Washington garantiu que vai colaborar com Telavive na resposta a Teerão.

O bombardeamento iraniano foi o segundo feito por este país diretamente contra Israel, após um outro realizado em abril em resposta a um ataque aéreo mortal ao consulado iraniano em Damasco, que Teerão atribuiu a Israel.

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Momento-Chave
por Lusa

Netanyahu prolonga guerra para permanecer no poder

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, terá a permanência no poder como motivo para prolongar a guerra contra os aliados do Irão, país que semeia no Médio Oriente "violência e terrorismo", afirma a jornalista e historiadora norte-americana Anne Applebaum.

Em entrevista à Lusa, a jornalista norte-americana alertou para a natureza "iliberal" do regime de Netanyahu, o "Governo mais extremista que alguma vez existiu na história de Israel", tornando-o num dos maiores perigos que o Médio Oriente enfrenta atualmente.

"É bem possível que [Netanyahu] tenha continuado a guerra durante tanto tempo para se manter no poder", afirmou Applebaum.

Depois das ações "grotescas e dramáticas" do israelitas na Faixa de Gaza, onde o exército de Telavive combate há quase um ano contra as milícias islamitas do Hamas causando vítimas civis "extremamente desnecessárias", Applebaum considerou os ataques israelitas contra as milícias do Hezbollah, no Líbano, como o "o aspeto mais transformador deste conflito".

Autora do novo livro "Autocracia, Inc. - Os ditadores que querem governar o mundo", Anne Applebaum é historiadora e jornalista norte-americana, vencedora do Prémio Pulitzer em 2004.

Applebaum é ainda redatora da equipa do The Atlantic e membro sénior do Agora Institute da Universidade Johns Hopkins, onde co-dirige um projeto sobre a desinformação do século XXI.

A intensificação das hostilidades no Médio Oriente surge à luz dos combates que se arrastam há quase um ano, quando o Hezbollah atacou o território israelita um dia após os ataques de 07 de outubro dos islamitas palestinianos do Hamas.

Desde então, Israel e Hezbollah estão envolvidos num intenso fogo cruzado diário, levando a que dezenas de milhares de pessoas tenham abandonado as suas casas em ambos os lados da fronteira israelo-libanesa.

Israel declarou a 07 de outubro do ano passado uma guerra na Faixa de Gaza para "erradicar" o Hamas, horas depois de este ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando 1.205 pessoas, na maioria civis, incluindo reféns em cativeiro.

Desde 2007 no poder em Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel, o Hamas fez também nesse dia 251 reféns, 97 dos quais continuam em cativeiro, 33 dos quais entretanto declarados mortos pelo Exército israelita.

A guerra, que hoje entrou no 363.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 41.680 mortos (quase 2% da população) e de 96.600 feridos, além de mais de 10.000 desaparecidos, na maioria civis, presumivelmente soterrados nos escombros, de acordo com números atualizados das autoridades locais, que a ONU considera fidedignos.

Cerca de 90% dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza viram-se obrigados a deslocar-se, e o sobrepovoado e pobre enclave palestiniano está mergulhado numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa "situação de fome catastrófica" que está a fazer "o mais elevado número de vítimas alguma vez registado" pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.

Apesar de não enquadrar o conflito na região "num esquema a `preto e branco` de democracia versus ditadura", a Anne Applebaum sublinha que o regime ditatorial do Irão, que sustenta os grupos Hamas e Hezbollah contra Israel, continua a ser um "regime particularmente cruel e agressivo contra as mulheres".

O Hezbollah integra o chamado "Eixo da Resistência", uma coligação liderada pelo Irão de que fazem parte também, entre outros, o grupo extremista palestiniano Hamas e os rebeldes Huthis do Iémen.

Applebaum igualou ainda as ações persistentes do Irão, responsável por semear "a violência e o terrorismo em todo o Médio Oriente" às ações de Netanyahu na Faixa de Gaza, caracterizando ambas como "ações muito nefastas, de ambos os lados".

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Lusa/Fim

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Momento-Chave
por RTP

Drone do Líbano abatido ao largo da costa de Nahariya

Um drone lançado do Líbano foi abatido pela Força Aérea israelita sobre o mar ao largo da costa de Nahariya, revelaram as forças armadas israelitas (IDF).

Um segundo drone lançado no ataque atingiu uma área aberta, não causando feridos, dizem os militares.

Além disso, cerca de 25 foguetes foram lançados do Líbano para a Alta Galileia. As IDF dizem que alguns foram intercetados e os impactos também foram identificados.
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Momento-Chave
por RTP

Irão retoma voos

O Irão retomou os voos na manhã de quinta-feira, informou a Organização da Aviação Civil do país, depois das restrições impostas na terça-feira, quando Teerão lançou mísseis contra Israel
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Momento-Chave
por RTP

Houthis do Iémen afirmaram ter visado Telavive com drones

Os rebeldes Houthi do Iémen, apoiados pelo Irão, afirmaram esta quinta-feira ter efectuado um ataque com drones contra Israel.

Os Houthis levaram a cabo “uma operação militar contra um alvo importante na zona de Jaffa (um bairro de Telavive), na Palestina ocupada, com vários drones”, declarou o seu porta-voz militar, Yahya Saree, sem especificar a data do ataque.

“Os drones atingiram o seu alvo sem que o inimigo os pudesse intercetar ou abater”, acrescentou.

O exército israelita disse durante a noite que tinha “intercetado um alvo aéreo suspeito ao largo da costa da região de Dan, no centro de Israel”, sem dar mais pormenores.

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Ponto de situação
por RTP

Bastião do Hezbollah na região de Beirute continua debaixo de fogo

  • Israel mantém os bombardeamentos sobre o território do Líbano. Um destes ataques atingiu, na última noite, os arredores da cidade de Beirute. Foi a terceira vaga contra este bastião do movimento islamita pró-iraniano em menos de 24 horas. O Ministério libanês da Saúde aponta para 46 vítimas mortais e 85 feridos;


  • As Forças de Defesa de Israel confirmaram as mortes de oito militares no sul do Líbano em confrontos com o Hezbollah. Telavive admite também que os ataques de terça-feira atingiram algumas bases aéreas, mas não causaram vítimas ou estragos de monta;


  • Entretanto, o Estado hebraico reforçou o contingente militar no sul do Líbano. Instou também a população de duas localidades a abandonarem a região;


  • O secretário-geral da ONU está proibido de entrar em Israel. A decisão foi ontem anunciada pelo ministro israelita dos Negócios Estrangeiros, que acusa António Guterres de "apoiar terroristas, raptores e violadores". Em comunicado, Telavive afirma que, "se o secretário-geral das Nações Unidas não é capaz, de forma inequívoca, de condenar o ataque criminoso do Irão contra Israel, não é digno de voltar a colocar os pés no país";


  • O secretário-geral das Nações Unidas exortou Israel a garantir um cessar-fogo imediato e duradouro no Líbano. António Guterres sublinha que é necessário prestar assistência humanitária e reatar negociações sérias;


  • O porta-voz do Kremlin garante que a Rússia está preocupada com o agravamento do conflito no Médio Oriente. Dmitry Peskov confirma que o Irão avisou Moscovo do ataque a Israel;


  • Joe Biden garante, por sua vez, que não apoia um ataque contra instalações nucleares iranianas. O presidente cessante dos Estados Unidos, que já consultou o G7 defende, em alternativa, uma resposta proporcional, por parte de Israel, ao ataque do Irão;


  • Israel intercetou, durante a madrugada desta quinta-feira, um drone e detetou um segundo aparelho que acabou por cair perto de Telavive. O ataque não provocou vítimas, mas obrigou a um alerta na vizinha cidade de Bat Yam.
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por RTP

Joe Biden não apoia ataque de Israel a instalações nucleares do Irão

Foto: Evelyn Hockstein - Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse esta quarta-feira não apoiar um ataque às instalações nucleares do Irão na sequência de ataques a Israel.

Biden anunciou ainda que serão impostas mais sanções ao Irão e disse que falaria em breve com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
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por RTP

Israel sofreu oito baixas em combates no sul do Líbano

Foto: Mohamad Torokman - Reuters

Os militares israelitas já sofreram pelo menos oito mortes nos combates no sul do Líbano. Após o inicio da ofensiva terrestre de Israel pela primeira vez ocorreram combates diretos entre forças dos dois lados.

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por RTP

Ataque do Irão. Governo israelita promete retaliar em breve

Foto: Ahmed Jalil - EPA

Israel está a preparar uma retaliação contra o Irão que poderá ter danos financeiros significativos. Na terça-feira, o regime iraniano cumpriu a ameaça e fez o maior ataque de sempre contra território israelita. Foram lançados cerca de 200 mísseis balísticos.

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por RTP

RTP no Líbano. Israel enfrenta dificuldades na incursão em território libanês

Em direto a partir de Beirute, o enviado especial José Manuel Rosendo destaca que os israelitas estão a enfrentar mais entraves do que imaginavam na incursão terrestre no Líbano.

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por RTP

ONU. António Guterres considerado "persona non grata" em Israel

António Guterres foi considerado "persona non grata" em Israel e proibido de entrar no país. O governo israelita critica o secretário-geral da ONU por não ter ainda condenado o ataque do Irão.

Guterres diz que já tinha condenado este ataque numa declaração que fez sobre a situação no Médio Oriente que qualificou como um inferno.
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Momento-Chave
por RTP

Médio Oriente. Governo admite novo repatriamento de portugueses

Foto: António Antunes - RTP

O ministro da Defesa admite um novo repatriamento de portugueses do Médio Oriente. Nuno Melo está na Roménia a visitar os militares destacados ao serviço da NATO.

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