França condena ataques contra ONU e trabalhadores humanitários

por Lusa

A França condenou hoje os ataques israelitas contra instalações das Nações Unidas e trabalhadores humanitários na Faixa de Gaza, anunciou o porta-voz do Governo.

Olivier Véran disse em comunicado que o trabalho das Nações Unidas e dos trabalhadores humanitários "é vital para as populações civis de Gaza", segundo a agência francesa AFP.

A condenação de Paris seguiu-se aos bombardeamentos contra o campo de refugiados de Jabaliya, o maior da Faixa de Gaza, no norte do território.

O grupo islamita Hamas anunciou na quinta-feira a morte de 27 pessoas num ataque israelita perto de uma escola da ONU do campo de refugiados de Jabaliya.

Trata-se do terceiro bombardeamento do campo em três dias, depois de na terça e na quarta-feira os ataques terem provocado 195 mortos, 777 feridos e 120 desaparecidos sob os escombros, segundo o Hamas.

Israel disse que o bombardeamento de terça-feira permitiu eliminar um dirigente do Hamas.

Os balanços divulgados pelas duas partes não puderam ser ainda verificados de forma independente.

A ONU anunciou que quatro das suas escolas que albergam pessoas deslocadas foram atingidas na quinta-feira por bombardeamentos atribuídos a Israel pelo Hamas.

De acordo com a ONU, 23 pessoas foram mortas nos bombardeamentos.

Na quarta-feira, a França declarou estar "profundamente preocupada com o número muito elevado de vítimas" dos ataques israelitas ao campo de Jabaliya.

Paris reafirmou então que "a proteção das populações civis é uma obrigação do direito internacional que se aplica a todos".

O secretário-geral da ONU, António Guterres, também afirmou na quarta-feira que estava chocado com o bombardeamento do campo de refugiados, onde viviam 116 mil pessoas antes do início da guerra.

Desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita em 07 de outubro, a guerra entre Israel e o grupo palestiniano já causou milhares de mortos dos dois lados.

O Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, é classificado como uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.

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