EUA e França vão assegurar "implementação total" do cessar-fogo no Líbano

por Lusa

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o seu homólogo francês, Emmanuel Macron, garantiram hoje que os seus países vão assegurar que o acordo de cessar-fogo no Líbano seja "implementado na totalidade".

"Os Estados Unidos e a França vão trabalhar com Israel e o Líbano para garantir que este acordo é totalmente implementado e aplicado", sublinharam os dois chefes de Estado, numa declaração conjunta.

"[Os governantes] Continuam determinados a garantir que este conflito não provoque um novo ciclo de violência", pode ler-se, na mesma nota.

Joe Biden e Emmanuel Macron garantiram também que este acordo "protegerá Israel da ameaça representada pelo Hezbollah e outras organizações terroristas que operam a partir do Líbano".

Os dois governantes comprometerem-se a trabalhar para reforçar as "capacidades" do Exército libanês e a recuperação da economia do país.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, considerou, por sua vez, o cessar-fogo "uma notícia muito animadora", para o povo libanês e israelita afetado pelos combates.

"O Líbano terá a oportunidade de aumentar a segurança e a estabilidade internas graças à reduzida influência do Hezbollah", acrescentou, numa nota na rede social X.

Já o chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, destacou que o acordo para um cessar-fogo é um alívio para a "situação devastadora no Médio Oriente", elogiando a França e os EUA pela sua mediação.

"É agora crucial que o cessar-fogo seja válido, para garantir a segurança dos cidadãos (...), e o regresso dos deslocados internos. Uma implementação completa da Resolução 1701 do CSNU é indispensável", frisou.

Borrell instou também os dirigentes libaneses a assumirem "a sua responsabilidade política, elegendo um Presidente".

"Os libaneses têm o direito de recuperar a plena soberania nos assuntos do país, sem interferências externas", concluiu, através da sua conta no X.

O gabinete de segurança de Israel aprovou hoje o acordo de cessar-fogo no Líbano, onde Israel luta contra o movimento xiita pró-iraniano Hezbollah, revelou o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Netanyahu falou ao telefone com o presidente norte-americano, Joe Biden, e agradeceu-lhe "pelo seu envolvimento" na conclusão deste acordo, acrescentou o gabinete do primeiro-ministro israelita.

O acordo não afeta a guerra de Israel contra o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, que não mostra sinais de terminar.

Os Estados Unidos, a União Europeia (UE), a ONU e o G7 (grupos dos sete países mais industrializados do mundo) exerceram todos pressão para o fim das hostilidades entre Israel e o grupo armado libanês apoiado pelo Irão: mais de um ano de fogo cruzado transfronteiriço e dois meses de guerra aberta no Líbano.

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