Delegação israelita no Egito para negociar libertação de reféns
A passagem à segunda fase do plano de paz para Gaza estagnou num impasse, mas Israel enviou ao Cairo uma delegação, para tentar obter um novo acordo de libertação de reféns, mediado por altos responsáveis egípcios.
O acordo inicial de tréguas em Gaza, mediado por Catar, Egito e Estados Unidos, prevê três fases. A primeira, iniciada a 19 de janeiro, já devia ter terminado e passado para a segunda, mas o processo marca passo.
Israel quer estender a primeira fase do cessar-fogo, uma proposta apoiada pelo enviado dos EUA, Steve Witkoff. O Hamas diz que retomará a libertação de reféns apenas na segunda fase, que deveria ter começado a 2 de março.
Sexta-feira, o grupo islamita palestiniano Hamas disse-se disposto a libertar o soldado americano-israelita Edan Alexander e quatro corpos dos reféns, se Israel concordasse em começar imediatamente as negociações sobre a implementação da segunda fase do acordo.
Israel respondeu acusando o Hamas de fazer "guerra psicológica" contra as famílias dos reféns.
Mais ataques, mais mortos
O fim-de-semana ficou marcado por ataques israelitas contra alvos alegadamente terroristas em Gaza, que fizeram pelo menos 14 mortos, a maioria no sábado. Desde 19 de janeiro este tipo de ataques, que Israel descreve como operações para neutralizar combatentes "próximos das suas tropas" ou a colocação de armadilhas explosivas, fez uma centena de mortos, de acordo com o Hamas, que governa Gaza.
Um dos ataques de sábado deu-se contra Beit Lahiya, no norte da Faixa de Gaza, tendo vitimado nove palestinianos, quatro deles jornalistas.
Salama Marouf, diretor da sala de imprensa do governo de Gaza, disse que a declaração do exército sobre o incidente incluía nomes de pessoas que não estavam presentes e que se baseou em relatos imprecisos das redes sociais, "sem nem sequer se preocupar em verificar os fatos".
Pelo menos outros quatro palestinos foram mortos no sábado, em diferentes ataques israelitas, de acordo com as autoridades de saúde de Gaza, controladas pelo Hamas.
Um ataque com um drone atingiu um grupo de palestianos na cidade de Juhr Eldeek, no centro de Gaza, no domingo, matando um homem de 62 anos e ferindo vários outros, disseram fontes hospitalares.
Vários outros ficaram feridos quando outro drones disparou um míssil contra um grupo de pessoas em Rafah, acrescentaram.
O Hamas afirma que os drones era israelitas, mas as Forças de Defesa de Israel disseram desconhecer os ataques relatados sábado e domingo.
A ofensiva militar de Israel, contra o território de Gaza e o Hamas, começou quando o grupo ismalita realizou um ataque transfronteiriço ao sul de Israel em 7 de outubro de 2023, matando 1.200 pessoas e capturando 251 reféns, de acordo com contagens israelitas.