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Conselho de Segurança da ONU em consultas para reunião de emergência

por Lusa

O Conselho de Segurança da ONU está em consultas intensas para uma reunião de emergência sobre a situação no Líbano e a escalada na região, após a incursão terrestre israelita e o ataque iraniano com mísseis contra Israel.

A embaixadora da Suíça - país que iniciou hoje a sua presidência rotativa do Conselho de Segurança - , Pascale Baeriswyl, indicou que ainda não foi marcada nenhuma reunião, apesar de o Irão ter solicitado uma no sábado à noite e de a situação ter piorado desde então.

Contudo, a diplomata admitiu estar convencida de que "mais cedo ou mais tarde" essa reunião terá lugar, previsivelmente antes de 08 de Outubro, quando está planeada uma sessão periódica para rever a resolução 1559, datada de 2004, que também se refere ao Líbano.

Na opinião de Baeriswyl, não é necessária nenhuma nova resolução sobre o Líbano, mas sim que as existentes sejam aplicadas, apesar de serem constantemente violadas por todos os atores em conflito e sem consequências.

A embaixadora deu como exemplo a guerra em Gaza, que obrigou os membros do Conselho a chegarem a acordo sobre quatro resoluções - sem que nenhum dos membros permanentes as vetasse -, mas que não foram aplicadas no terreno "devido à falta de uma ameaça credível" contra aqueles que não a respeitam, numa alegada menção a Israel.

A Guarda Revolucionária do Irão reivindicou o ataque com mísseis contra Israel, que justificou como uma represália pelas mortes do líder político do movimento islamita palestiniano Hamas, Ismail Haniye, e do secretário-geral da milícia xiita libanesa Hezbollah, Hassan Nasrallah.

Cerca das 19:40 locais (menos duas horas em Lisboa), o exército israelita anunciou que o Irão "lançou mísseis contra o Estado de Israel" e apelou à população para procurar abrigos. Cerca de 50 minutos depois, as forças armadas indicaram que a população poderia sair dos abrigos.

O porta-voz militar israelita, Daniel Hagari, advertiu hoje que "haverá consequências" do ataque iraniano, que envolveu o lançamento de mísseis balísticos sobre Israel, mas intercetados pelo sistema de defesa antiaérea.

"Estamos em alerta máximo defensiva e ofensivamente, vamos proteger os cidadãos de Israel. Este disparo [de mísseis] terá consequências. Temos planos e atuaremos no momento e no local que escolhermos", disse o contra-almirante.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram ter intercetado um grande número de mísseis disparados pelo Irão contra o país, acrescentando ter detetado alguns "impactos" durante o ataque.

"Fizemos um grande número de interceções. Houve alguns impactos no centro e outros no sul do país", adiantou Daniel Hagari.

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