Brasil quer retirar do Líbano 500 pessoas por semana com escala em Lisboa

por Lusa
Lula da Silva recebeu os cidadãos provenientes do Líbano Ueslei Marcelino - Reuters

Um avião com 229 passageiros vindos do Líbano aterrou no aeroporto de Guarulhos, São Paulo, o início de uma operação de grande envergadura para retirar 500 pessoas por semana, utilizando Lisboa como escala.

"O Brasil é generoso. Não tem contencioso com nenhum país porque a gente não deseja guerra. A guerra só destrói. Quando não perde a vida, perde escola, hospital, médico, uma série de coisas que trazem tranquilidade para a gente", afirmou, à chegada dos passageiros, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.

"O que constrói é a paz", acrescentou o chefe de Estado, que recebeu o primeiro voo da operação Raízes do Cedro, para resgatar cidadãos nacionais ou que façam parte da comunidade brasileira no país.

No Líbano, a comunidade brasileira tem 20 mil pessoas e três mil manifestaram interesse em regressar ao Brasil.

"Espero que vocês encontrem no Brasil a felicidade que tiraram de vocês com esse bombardeio e que a gente possa reconstruir a nossa vida em paz aqui no Brasil", afirmou Lula da Silva, que destacou o peso daquela comunidade na história brasileira.

"Vocês sabem que o Brasil tem por volta de oito ou nove milhões de árabes e descendentes, a maioria libaneses" e, por isso, "somos agradecidos, porque vocês ajudaram a construir a cidade de São Paulo, o estado de São Paulo e o Brasil. Vocês têm muita responsabilidade por aquilo que somos", acrescentou o chefe de Estado brasileiro.

O objetivo das autoridades brasileiras é resgatar 500 pessoas por semana, utilizando Lisboa para escala técnica.

"Essa aeronave (o KC-30 da FAB) agora descola de volta para Lisboa, trocando a tripulação, para que segunda-feira possamos fazer o mesmo circuito e possamos, em 48 horas, trazer mais 230 pessoas", afirmou o militar Marcelo Kanitz Damasceno, responsável pela operação de resgate.

 

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