Ataques israelitas fazem pelo menos 14 mortos no norte e sul de Gaza

por Lusa

Pelo menos 14 pessoas morreram, incluindo cinco crianças, em ataques israelitas hoje à tarde no norte e no sul da Faixa de Gaza, adiantaram fontes médicas e da Defesa Civil do enclave, controlado pelo movimento islamita Hamas.

No oeste da cidade de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, um drone israelita bombardeou uma tenda que albergava pessoas deslocadas, matando cinco crianças e uma mulher, noticiou a agência Efe.

Em Jabalia al Balad, no norte do enclave, oito pessoas morreram e várias ficaram feridas depois de aviões israelitas terem bombardeado a casa da família Rayhan, na rua Old Gaza.

Desde o início da guerra, há 15 meses, 45.885 pessoas morreram e mais de 109 mil ficaram feridas, segundo as autoridades do enclave, governado pelo Hamas, cujos números são considerados fiáveis pela ONU.

Além disso, estima-se que os corpos de cerca de 11 mil pessoas desaparecidas permaneçam enterrados sob os escombros da Faixa de Gaza.

A guerra em Gaza começou após um ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano Hamas ao sul de Israel, a 07 de outubro de 2023, que fez cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, a maioria civis.

O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza adiantou hoje que os poucos hospitais que ainda funcionam no território já não têm combustível para gerar eletricidade, depois do último carregamento, que conseguiu passar pelos duros controlos fronteiriços de Israel, ter sido saqueado na segunda-feira por grupos criminosos.

"Reiteramos o nosso apelo a todas as organizações humanitárias e internacionais para intervirem urgentemente e fornecerem combustível para operar geradores hospitalares", destacou esta autoridade de Gaza, em comunicado.

Israel ataca frequentemente hospitais e clínicas de saúde no enclave sob a premissa de que são usados pelo Hamas para esconder e planear ataques contra tropas israelitas.

No final de dezembro, as forças israelitas invadiram e retiraram de serviço o hospital Kamal Adwan, o último grande centro ainda em funcionamento no norte da Faixa, onde Israel mantém um duro cerco desde o início de outubro.

Apesar dos intensos esforços diplomáticos sob a tutela do Qatar, do Egito e dos Estados Unidos, não foram alcançadas quaisquer tréguas em Gaza desde um cessar-fogo de uma semana no final de novembro de 2023, que resultou na libertação de 105 reféns em troca de 240 prisioneiros palestinianos detidos por Israel.

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