Ataques israelitas em Gaza fazem quase uma centena de mortos em 24 horas

por Rachel Mestre Mesquita - RTP
Haitham Imad - EPA

Mais de 70 civis palestinianos morreram nas últimas 24 horas devido bombardeamentos das Forças de Defesa de Israel em toda a Faixa de Gaza, avança a administração do Hamas. Em Doha, no Catar, com mediação do país anfitrião, do Egito e dos EUA, Israel e o Hamas retomam esta sexta-feira negociações sobre um cessar-fogo no território palestiniano, onde os militares israelitas têm intensificado os seus ataques.

Desde a madrugada de quinta-feira que as forças israelitas levaram a cabo uma série de ataques aéreos em toda a Faixa de Gaza, matando pelo menos 71 pessoas e deixando dezenas de feridos, de acordo com o gabinete de comunicação social da administração local.

Citando fontes médicas de Gaza, a Al Jazeera avança esta sexta-feira que o balanço de mortos subiu para 90 desde o amanhecer, contabilizando pelo menos mais 20 palestinianos mortos, tendo 19 morrido nas áreas centrais do enclave.

Entre as vítimas mortais de um dos ataques ocorrido no distrito de Al-Mawasi - designada uma zona humanitária para civis desde o início do conflito -  encontrava-se o chefe da polícia do enclave controlado pelo Hamas, o seu adjunto e nove deslocados, disseram as autoridades de Gaza. Segundo Telavive, o adjunto era o chefe das forças de segurança do grupo islâmico palestiniano Hamas no sul de Gaza.

Uma informação confirmada pelo ministério do Interior de Gaza, dirigido pelo Hamas, que declarou que o diretor-geral do departamento da polícia de Gaza, Mahmoud Salah, e o seu adjunto, Hussam Shahwan, estavam a controlar os residentes do campo em Al-Mawasi quando foram mortos no ataque israelita.

“Ao cometer o crime de assassinar o diretor-geral da polícia da Faixa de Gaza, a ocupação insiste em espalhar o caos no e em aprofundar o sofrimento humano dos cidadãos”, acrescentou em comunicado.

Esta sexta-feira, em Doha, no Catar, Israel e o Hamas retomam negociações sobre um cessar-fogo em Gaza com mediadores internacionais como o Catar, Egito e os Estados Unidos. 

Sem um cessar-fogo entre Israel e o Hamas o número de mortos no enclave palestiniano continua a aumentar no enclave palestiniano, tendo Israel matado mais de 45.500 palestinianos desde o início do conflito, segundo o último balanço do ministério da Saúde de Gaza.

c/ agências
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