Trinta e cinco pessoas morreram nas últimas 24 horas devido a bombardeamentos das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) na Faixa de Gaza, avançou a Proteção Civil do território palestiniano.
Um dos ataques aéreos teve como alvo um edifício da escola Moussa Ben Nousseir que albergava deslocados na cidade de Gaza, no norte do enclave, durante a madrugada de domingo e fez oito mortos, incluindo quatro crianças, disse a Proteção Civil.
As IDF alegaram ter realizado "um ataque direcionado contra terroristas do (movimento islamita palestiniano) Hamas que operavam" dentro do sistema "para preparar ataques terroristas contra as tropas israelitas e o Estado de Israel".
"Foram tomadas várias medidas antecipadamente para reduzir o risco de afetar os civis", disse o exército israelita.
De acordo com a Proteção Civil, um outro ataque, visando a casa de uma família em Deir al-Balah, também no centro da Faixa de Gaza, fez 13 vítimas.
O exército israelita indicou que tinha como alvo, "com base em inteligência", um terrorista da Jihad Islâmica, outro movimento armado palestiniano, e que o referido número de 13 mortos não correspondia às informações de que dispunha.
As equipas de resgate de Gaza reportaram ainda três mortes "não identificadas" num ataque perto de Rafah, no sul do enclave, e outras quatro na cidade de Gaza num ataque com drones.
Na noite de domingo, pelo menos sete pessoas morreram num bombardeamento israelita contra tendas que albergam palestinianos deslocados, perto do Hospital Britânico na chamada "zona humanitária" de Al Mawasi, na costa sul da Faixa de Gaza.
De acordo com fontes locais, citadas pela agência de notícias palestiniana WAFA, há "dezenas de feridos com diversas lesões" e o ataque aéreo provocou vários incêndios que estão a dificultar o acesso das equipas de resgate às vítimas.
As IDF alegaram que um caça atacou "um terrorista" do Hamas, "que operava na zona humanitária de Khan Yunis", a cerca de nove quilómetros de Al Mawasi.
No sábado, o movimento palestiniano adiantou que está "mais próximo do que nunca" de um possível acordo de paz para Gaza se Israel deixar de acrescentar novos termos às "difíceis negociações" para pôr fim a quase um ano e meio de conflito.