Ataque na Síria atribuído a Israel faz mais de uma dezena de mortos e 40 feridos

por RTP
SANA /AFP

A agência de notícias estatal da Síria adianta que morreram pelo menos 14 pessoas e mais de 43 ficaram feridas. O ataque ocorreu na noite de domingo na província de Hama e é atribuído às forças israelitas pela imprensa do país.

De acordo com a agência Sana, o ataque ocorreu em Masyaf, na província de Hama, no domingo à noite, perto das 23h20 horas locais (21h20 em Portugal Continental).

“O número de mártires resultantes da agressão israelita em vários locais nas proximidades de Masyaf subiu para 14 mártires e 43 feridos, incluindo seis feridos graves”, indicou a agência Sana. No primeiro balanço destes ataques, estavam confirmadas sete mortes.

Em reação às informações da agência estatal síria, as Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmaram que não comentam “relatos nos meios de comunicação social estrangeiros”.

Em declarações à agência Reuters, duas fontes regionais indicaram que o alvo dos ataques foi um centro de investigação militar para a produção de armas químicas.

Entretanto, o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, com base no Reino Unido, confirmou que houve uma série de “ataques israelitas intensos” na noite de domingo, tendo provocado a morte de 18 pessoas, incluindo oito soldados sírios. Outras 32 ficaram feridas.

De acordo com este observatório, os ataques destruíram instalações militares e científicas ligadas a grupos armados apoiados pelo Irão.

Houve pelo menos “13 explosões violentas” numa zona de Masyaf onde especialistas e grupos pró-iranianos trabalham no desenvolvimento de armas. Os ataques também provocaram danos numa autoestrada, adianta o Observatório Sírio.

Teerão apressou-se a condenar este ataque. O porta-voz do Ministério iraniano dos Negócios Estrangeiros considera que se tratou de um "ataque criminoso" de Israel.

"Condenamos veementemente este ataque criminoso do regime sionista em solo sírio. Consideramos que está na altura dos apoiantes do regime deixarem de o apoiar e armar", afirmou Nasser Kanani.
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