Após incidentes com adeptos de futebol. Ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel vai a Amesterdão
O novo ministro israelita dos Negócios Estrangeiros, Gideon Saar, vai deslocar-se em breve a Amesterdão para uma “visita diplomática urgente”, na sequência dos confrontos ocorridos à margem do jogo de futebol entre o Ajax e o Maccabi Telavive, na quinta-feira à noite.
Na rede social X, Gideon Saar, recém-nomeado, denunciou os “terríveis ataques terroristas bárbaros e antissemitas”, que “são um alerta retumbante para a Europa e o mundo inteiro”.These terrible barbaric and antisemitic terror attacks are a blaring alarm call for Europe and the world.
— Gideon Sa'ar | גדעון סער (@gidonsaar) November 8, 2024
Freedom loving countries, democracies, cannot allow unbridled hatred to roam the streets with impunity. As history has shown - what begins with persecution and violence…
"Pogrom antissemita"Para o Presidente de Israel as agressões foram um "pogrom antissemita". “Esta manhã, vemos com horror as imagens e os vídeos chocantes que, desde 7 de outubro, esperávamos nunca mais ver: um pogrom antissemita que está a ter lugar contra os adeptos do Maccabi Telavive e os cidadãos israelitas no coração de Amesterdão”, escreveu Herzog no X.
We see with horror this morning, the shocking images and videos that since October 7th, we had hoped never to see again: an antisemitic pogrom currently taking place against Maccabi Tel Aviv fans and Israeli citizens in the heart of Amsterdam, Netherlands.
— יצחק הרצוג Isaac Herzog (@Isaac_Herzog) November 8, 2024
This is a serious…
O avião, o primeiro de vários voos de evacuação previstos, deverá chegar a Amesterdão ao início da tarde.
A ministra israelita dos Transportes, Miri Regev, pediu ao seu homólogo holandês, Barry Madlener, que garantisse “o transporte seguro dos passageiros dos hotéis para o aeroporto”.
Pediu também que o aeroporto Schipol de Amesterdão permaneça aberto durante a noite deste fim de semana e que sejam concedidas “todas as autorizações necessárias” aos aviões de evacuação israelitas.בעקבות הלינץ׳ המזעזע והפרוגרום האנטישמי ביהודים ברחובות אמסטרדם, החל משעות הבוקר המוקדמות אנחנו מוסיפים טיסות חילוץ נוספות (אל על, ארקיע וישראייר) מעבר לטיסות הקיימות.
— מירי רגב (@regev_miri) November 8, 2024
שוחחתי עם מקבילי, שר התחבורה ההולנדי, ברי מדלנר, בהמשך למבצע החילוץ התעופתי של אזרחים ישראלים מאמסטרדם.
ביקשתי…
O chefe do Executivo de Israel esteve, entretanto, em contacto telefónico com o primeiro-ministro dos Países Baixos, Dick Schoff a quem pediu garantias de segurança a todos os israelitas que se encontram no país.
Em comunicado, Benjamin Netanyahu agradeceu a Dick Schoff por ter classificado os incidentes nos Países Baixos como um "ato antissemita".
Israelitas feridos em Amesterdão Os incidentes de quinta-feira à noite nos Países Baixos provocaram ferimentos a cidadãos israelitas tendo a polícia local detido 62 pessoas.
“Até agora, sabemos que várias pessoas foram levadas para o hospital e 62 pessoas foram detidas”, declarou a polícia de Amesterdão no X.
Segundo a polícia os adeptos deixaram o estádio sem incidentes após o jogo da Liga Europa, mas que os confrontos eclodiram durante a noite no centro da cidade.Several reports about last night’s events in Amsterdam are circulating on social media. The police have launched a major investigation into multiple violent incidents. So far, it is known that five people have been taken to the hospital and 62 individuals have been arrested. The…
— Politie Eenheid Amsterdam (@POL_Amsterdam) November 8, 2024
O Maccabi perdeu por cinco a zero num jogo contra o Ajax a contar para a Liga Europa.
Na quinta-feira, a polícia tinha revelado na mesma rede social, estar “particularmente vigilante”, depois de ter relatado vários incidentes, incluindo uma bandeira palestiniana arrancada de uma fachada “por pessoas desconhecidas”.
Durante a tarde, cerca de uma centena de apoiantes israelitas reuniu-se na praça Dam - rodeados por forte presença policial - antes de se dirigir para o estádio Johan Cruyff, no sudoeste de Amesterdão.Uma manifestação pró-palestiniana, a condenar a visita do clube israelita, estava inicialmente prevista para as imediações do estádio, mas foi transferida pela câmara municipal de Amesterdão para uma localização mais afastada, por razões de segurança.
A presidente da Câmara de Amesterdão, Femke Halsema, afirmou que os apoiantes do Maccabi Telavive foram “atacados, maltratados e atacados com fogo de artifício” e que a polícia de choque teve de intervir várias vezes para os proteger e escoltar até aos hotéis.
O primeiro-ministro holandês, Dick Schoof, afirmou estar “horrorizado com os ataques antissemitas contra cidadãos israelitas”, que considerou “completamente inaceitáveis”.
Have been following the news from Amsterdam and am horrified by the antisemitic attacks on Israeli citizens. This is completely unacceptable. I am in close contact with all parties involved and have just spoken to @IsraeliPM Netanyahu by phone to stress that the perpetrators will…
— Dick Schoof (@MinPres) November 8, 2024
A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou estar “indignada” com os “ataques desprezíveis.
“Condeno veementemente estes atos inaceitáveis. O antissemitismo não tem absolutamente lugar na Europa. E estamos determinados a combater todas as formas de ódio”, reagiu o chefe do executivo europeu na rede social X.Outraged by last night’s vile attacks targeting Israeli citizens in Amsterdam.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) November 8, 2024
I just spoke with @MinPres Schoof.
I strongly condemn these unacceptable acts.
Antisemitism has absolutely no place in Europe. And we are determined to fight all forms of hatred.
A ONU também já reagiu e segundo o porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, a organização está “muito perturbada” com os confrontos em Amesterdão.
“Tomámos conhecimento desta informação muito preocupante. Ninguém deve ser sujeito a discriminação ou violência com base na sua origem nacional, religiosa, étnica ou outra”, afirmou Jeremy Laurence, quando questionado sobre os actos de violência durante uma conferência de imprensa regular da ONU em Genebra.
Paris já revelou que o jogo de futebol entre a França e Israel, marcado para 14 de novembro no Stade de France, não será transferido.
“Algumas pessoas estão a pedir que o jogo França-Israel seja transferido. Não aceito isso: a França não recua porque isso equivaleria a abdicar perante as ameaças de violência e antissemitismo”, afirmou o ministro do Interior francês, Bruno Retailleau.Certains demandent la délocalisation du match France-Israel. Je ne l’accepte pas: la France ne recule pas car cela reviendrait à abdiquer face aux menaces de violence et face à l’antisemitisme.
— Bruno Retailleau (@BrunoRetailleau) November 8, 2024
À ma demande, le Préfet de police, @NunezLaurent prend les dispositions de sécurité…
“A meu pedido, o prefeito da polícia (de Paris) Laurent Nunez está a tomar as medidas de segurança necessárias para que este jogo se realize no Stade de France, como habitualmente”, acrescentou.