Alemanha e França apoiam mediação de EUA, Qatar e Egito para trégua em Gaza
O Presidente de França, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, manifestaram hoje apoio aos esforços diplomáticos de Estados Unidos, Qatar e Egito para um cessar-fogo entre Israel e o Hamas.
Na quinta-feira, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o seu homólogo do Egito, Abdel Fattah al Sisi, e o emir do Qatar, Tamim Bin Hamad al Zani, pediram ao Governo israelita e ao movimento islamita Hamas para que retomem o diálogo, convocando estas partes para um encontro, no próximo dia 15 de agosto, em Doha ou no Cairo, para tentarem fechar um acordo de paz.
O Presidente Macron insiste na necessidade de colocar um fim às hostilidades na Faixa de Gaza, alegando que é o melhor para a população de Gaza, para os reféns capturados pelo Hamas e para a estabilidade regional.
"A guerra em Gaza deve parar. Isto deve ficar claro para todos (...) Todo o apoio da França aos mediadores norte-americanos, egípcios e qataris", escreveu o Presidente francês numa publicação no seu perfil oficial na rede social X.
O chanceler alemão utilizou os mesmos meios para reiterar a sua "profunda preocupação" com a situação no Médio Oriente, razão pela qual apoia os esforços de Biden, Al Sisi e Al Zani para "iniciar a implementação de um cessar-fogo e de um acordo para a libertação dos reféns".
Também o Governo espanhol disse hoje estar em sintonia com os esforços de mediação de Estados Unidos, Egito e Qatar.
Num comunicado oficial, a diplomacia espanhola reitera a sua exigência de um cessar-fogo que permita a entrada de ajuda humanitária e a libertação de reféns, que contribua para evitar uma escalada de violência regional e que facilite o progresso na aplicação da solução de dois Estados, Israel e Palestina, vivendo em paz e segurança.
Os líderes dos Estados Unidos, Egito e Qatar dizem esperar conseguir um "alívio imediato" tanto para a população de Gaza como para as pessoas raptadas nos ataques de 07 de outubro.
O plano desenhado por Biden desenvolve-se em três fases, a primeira das quais duraria seis semanas.
Durante este período, as forças israelitas retirar-se-iam das zonas povoadas de Gaza e haveria a libertação de vários prisioneiros palestinianos em troca da entrega de reféns vulneráveis.
Numa segunda fase, os restantes reféns seriam libertados, no quadro de um fim já permanente das hostilidades, enquanto a terceira e última fase consistiria no início da reconstrução da Faixa de Gaza e na entrega dos corpos dos sequestrado já falecidos.
Portugal associou-se hoje "convicta e ativamente" ao apelo dos Estados Unidos, Egito e Qatar para a conclusão de um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, instando as partes a retomarem negociações.
"O Governo português apoia convicta e ativamente o apelo conjunto do Presidente dos EUA, do Presidente do Egito e do Emir do Qatar para finalizar as negociações do acordo de cessar-fogo no conflito de Gaza", afirma o Ministério dos Negócios Estrangeiros numa publicação na rede social X.
O chefe da diplomacia britânica, David Lammy, manifestou também "apoio total" aos esforços diplomáticos dos Estados Unidos, do Qatar e do Egito.
"Há um acordo sobre a mesa, e é no interesse a longo prazo dos israelitas, palestinianos e de todas as partes envolvidas aceitá-lo urgentemente e pôr fim a este conflito devastador", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros em Londres.
"Não pode haver mais atrasos, os combates devem cessar agora", insistiu o ministro britânico, que também pediu que mais ajuda humanitária entre no território palestiniano sitiado.
Também hoje, os esforços em curso foram apoiados pelos governos de Omã, Iraque e Kuwait.
O Líbano advertiu que "não existe margem para mais demoras" e exortou à conclusão de um acordo de cessar-fogo em Gaza na reunião prevista para 15 de agosto, enquanto planeia apresentar uma proposta paralela, que não revelou.
"O Governo libanês afirma que não existe margem para mais demoras e exorta todas as partes interessadas a acelerar o processo de libertação de reféns, iniciar um cessar-fogo e aplicado o acordo sem vacilação", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, Abdallah Bou Habib, segundo um comunicado governamental, e após uma reunião com o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati.