O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, chegou hoje ao Qatar para um encontro com o emir qatari, cujo país é mediador no `dossier` do regresso das crianças ucranianas da Rússia ou de territórios ocupados a Kiev.
"Cheguei ao Qatar para me reunir com o meu amigo, Sua Alteza o xeque Tamim ben Hamad Al Thani", anunciou o Presidente ucraniano na sua conta da rede social X.
"O Qatar ajuda a Ucrânia no regresso das crianças levadas pela Rússia. Vamos discutir esses esforços", acrescentou.
Desde julho passado que o Qatar ajudar ao repatriamento de dezenas de crianças ucranianas transferidas para a Rússia e para os territórios separatistas do leste ucraniano desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022, entretanto anexados por Moscovo.
Segundo Zelensky, a questão do regresso à Ucrânia de milhares de crianças deportadas na Rússia constitui um dos três decisivos `dossiers` que serão analisados na cimeira para a paz promovida pela Ucrânia e que decorrerá na Suíça em meados de junho.
O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu um mandado de captura dirigido ao Presidente russo Vladimir Putin e à sua comissária para os direitos das crianças, Maria Lvova-Belova, devido às presumíveis deportações ilegais, negadas pelo Kremlin.
Segundo Volodymyr Zelensky, o Qatar desempenhou uma função decisiva na organização desta conferência, para a qual a Rússia não foi convidada.
Os dois restantes temas dominantes que os Estados presentes poderão apoiar, segundo Kiev, são a livre navegação no mar Negro, para proteger a segurança alimentar mundial e permitir as exportações de cereais ucranianos, e um apelo para o fim dos ataques às infraestruturas energéticas.
A Ucrânia tem garantido uma substancial ajuda financeira e armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.
Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas têm-se confrontado com falta de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais.